ResumoContexto: Os transtornos do sono são freqüentemente associados a um leque de transtornos psiquiátricos, sendo considerados uma característica inerente do transtorno depressivo. Objetivos: Discorrer acerca das atuais evidências sobre as investigações do sono e das alterações deste na depressão, além de alguns dos principais modelos teóricos propostos para explicar essas alterações. Métodos: O levantamento da literatura médica foi feito nos seguintes bancos de dados: ISI e Medline. Resultados: Diversos estudos constataram alterações no padrão eletroencefalográfico do sono em pacientes com depressão. Dentre os principais achados, estão alterações na continuidade e na duração do sono, diminuição das fases 3 e 4 do sono, menor latência do sono REM (rapid eye movements) e maior duração e densidade do primeiro período REM. Essa técnica tem atualmente uma utilidade limitada como ferramenta de diagnóstico na depressão. Conclusões: Embora os mecanismos fisiopatológicos das alterações do sono na depressão sejam complexos e de natureza multifacetada, os estudos do sono têm um importante papel na investigação da depressão, particularmente nas áreas de predição de resposta a tratamentos, prognóstico de recaídas e na investigação de modelos etiológicos.
Chellappa, S.L.; Araújo, J.F. / Rev. Psiq. Clín 34 (6); 285-289, 2007Palavras-chave: Sono, transtornos do sono, distúrbios do início e da manutenção do sono, transtorno depressivo, saúde mental.
AbstractBackground: Sleep disorders are usually associated with a wide range of psychiatric disorders, and are regarded as a characteristic feature of depression. Objectives: To report the current state-of-the-art in sleep research in depression and to present some of the principal theoretical models that explain these sleep disturbances. Methods: Literature review was carried out in the ISI and Medline databases. Results: Several studies have indicated alterations in sleep electroencephalographic patterns in subjects with depression. Some of the most frequent findings are disorders affecting the continuity and duration of sleep, reduction of phases 3 and 4 of sleep, decreased REM (rapid eye movements) sleep latency, and prolonged and intense first period of REM sleep. This technique is currently of limited use as a diagnostic tool in depression. Conclusions: AAlthough the pathophysiological mechanisms of sleep disorders in depression are complex, sleep studies play a key role in investigative research in depression, particularly in areas regarding prediction of responses to treatment, prognosis of relapses, and etiological models regarding depression.