O ambiente de Caatinga durante muito tempo foi descrito como um local pobre em biodiversidade, no entanto, atualmente é notável o quanto esse ambiente é rico em diversidade, inclusive em espécies endêmicas, tendo essas que se adaptarem as condições ambientais impostas. Por fazer parte do semiárido, a Caatinga apresenta clima seco com baixo nível de precipitação, o que favorece a presença de vários tipos de estresses abióticos, sendo o principal deles, escassez hídrica. Portanto, o objetivo desse trabalho foi buscar na literatura mecanismos e estratégias das espécies vegetais da Caatinga para conseguir sobreviver nas condições ambientais enfrentadas, para isso, foram realizadas buscas nas bases de dados: Google acadêmico, Scopus, Periódicos CAPES, SciELO e Web of Science. Como as folhas são os órgãos principais para a perda de água, a maioria das adaptações são encontradas nesse órgão, o que não descarta a influência de órgãos como caule e raiz nesse processo adaptativo, assim como ações enzimáticas e metabólicas. Desse modo, os vegetais do ambiente apresentam uma gama de mecanismos adaptativos que lhes permitem a sobrevivência em um local repleto de estresses abióticos, conseguindo controlar a perda de água, o índice de radiação recebida e a temperatura de seus tecidos, fatores esses que podem levar facilmente a um colapso vegetal tratando-se de indivíduos não adaptados a tais condições.
Palavras-chave: Semiárido; Estresses abióticos; Vegetação
INTRODUÇÃOAssim como todos os organismos vivos, as plantas estão inseridas em um ambiente complexo onde necessitam sobreviver e se reproduzir (Taiz et al., 2017). Por serem organismos sésseis, elas necessitam se adaptar as condições ambientais ao qual estão expostas. Em ambientes com altas demandas adaptativas, os organismos precisam ter uma alta plasticidade e aclimatação, com proposito de conseguir colonizar e se estabelecer em determinados locais com altos índices de estresses abióticos.