Eficácia in vitro de desinfetantes comerciais utilizados no pré e pós-dipping frente a Staphylococcus spp. isolados em rebanhos leiteiros

Abstract

Objetivou-se com esse estudo avaliar a eficácia in vitro de desinfetantes comerciais utilizados no pré e pós- -dipping, frente a Staphylococcus spp. isolados do leite de vacas procedentes de propriedades leiteiras do Agreste e Zona da Mata do Estado de Alagoas. Foram utilizados iodo (0,57%), clorexidine (2,0%), cloro (2,5%) e composto de amônio quaternário (4,0%), nas concentrações indicadas, como desinfetantes comerciais usados convencionalmente no pré e pós-dipping. Analisou-se um total de 97 isolados de Staphylococcus spp. identificados como S. aureus (16), Staphylococcus coagulase positiva (7) e Staphylococcus coagulase negativa (74). Os desinfetantes foram avaliados em três tempos distintos (15", 30" e 60"). Observou-se que 56,3% de Staphylococcus aureus foram sensíveis ao iodo, 68,8% sensíveis ao cloro, 87,5% à clorexidine e 37,5% ao composto de amônia no tempo de 60". Quanto aos Staphylococcus coagulase positiva (SCP), 100% dos isolados foram resistentes ao clorexidine, 85,7% ao composto de amônio, 57,1% ao cloro, e 42,9 resistentes ao iodo no tempo de 60". Em relação aos Staphylococcus coagulase negativa (SCN) foi observado 91,9% de sensibilidade ao clorexidine, 70,3% sensíveis ao cloro, 66,2% ao iodo e 24,3% sensíveis ao composto de amônio no tempo de 60". Conclui-se com esse estudo que a maior atividade desinfetante in vitro foi verificada para clorexidine e cloro frente aos S. aureus, iodo e cloro para os SCP e clorexidine e cloro para os SCN. Devido às variações no perfil de sensibilidade e resistência encontradas, é necessária a avaliação regular da eficiência dos desinfetantes usados nas propriedades, com o intuito de observar a eficácia do produto e assim garantir o controle da mastite no rebanho.

Ação dos desinfetantes sobre a adesão e biofilme consolidado de Staphylococcus spp.

“…isolados de leite, sendo bem determinado que concentrações de iodo acima de 0,5% e clorexidine a 2% exercem atividade bactericida frente a esses micro-organismos (Pedrini & Margatho 2003, Medeiros et al 2009, Ramalho et al 2012. Porém, devido às variações no perfil de suscetibilidade de células bacterianas frente a desinfetantes, é necessária uma avaliação periódica destes produtos para que não haja comprometimento dos programas de controle de mastite bovina causadas por Staphylococcus spp.…”

In vitro efficacy of teat antiseptics against Staphylococcus aureus strains isolated from bovine mastitis

“…Additionally, Azizoglu et al (2013) observed that the response among bovine S. aureus strains selected as genotype group representatives based on their pulsed-field gel electrophoresis patterns to iodine varied significantly, whereas all isolates were susceptible to chlorhexidine. Ramalho et al (2012) also identified chlorhexidine as having the highest in vitro disinfectant activity against S. aureus isolated from bovine IMIs in dairy herds from the Wasteland and Forest Zone of Alagoas State (Brazil), followed by chlorine, iodine and quarternary ammonium. Medeiros et al (2009) showed that iodine and chlorhexidine had the greatest in vitro disinfectant activity against S. aureus isolated from bovine IMIs in dairy herds located at the Metropolitan Recife, the Agreste and Zona da Mata regions of Pernambuco State (Brazil), followed by quarternary ammonium, lactic acid and chlorine.…”

“…Several passages of bacterial isolates with sub-lethal concentrations of antiseptics were found to either induce resistance or select for resistant variants (BEHIRY et al, 2012). As a result, variations in the susceptibility and resistance profile of mastitis pathogens among antiseptics have been reported (MEDEIROS et al, 2009;COUTINHO et al, 2012;RAMALHO et al, 2012;AZIZOGLU et al, 2013). …”

“…Previous studies have investigated the susceptibility of S. aureus isolated in Brazil against antiseptics, however, these studies have used a limited number of S. aureus strains (PEDRINI; MARGATHO, 2003;RAMALHO et al, 2012) or dairy herds, and covered bacteria strains isolated from a relatively small region (MEDEIROS et al, 2009). …”

“…Investigations into the ability to spread within quarters and cows, and cause persistent IMIs, revealed that one strain of S. aureus predominates in each individual herd; although the predominant S. aureus strain usually coexists with other S. aureus strains (SMITH et al, 1998;ZADOKS et al, 2000;BARKEMA et al, 2006).…”