Eficácia do uso da Fluoxetina no Tratamento do Transtorno dos Comportamentos Obsessivo-Compulsivo em Autistas / Effectiveness of Fluoxetine use in the Treatment of Obsessive-Compulsive Behavior Disorders in Autistic Persons

Abstract

RESUMO Objetivo: Verificar a eficácia do uso da fluoxetina no tratamento do transtorno do espectro autista (TEA). Métodos: Efetuou-se uma revisão sistemática da literatura a partir da questão de pesquisa “Em pacientes portadores do transtorno do espectro autista, o uso da fluoxetina em comparação ao placebo, é eficaz no tratamento dessa condição?”. Para seleção dos artigos realizou-se uma busca nas seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e PUBMED, utilizando-se como critérios de elegibilidade apenas ensaios clínicos randomizados e de qualquer ano. A amostra final foi composta por seis artigos. Resultados: em mais de 60% dos estudos, o tratamento com a fluoxetina resultou na redução dos comportamentos obsessivo-compulsivos encontrados no TEA. Os demais resultados foram conflitantes ou inconclusivos. Conclusão: Embora a maior parte dos estudos tenha apresentado que o uso da fluoxetina como redutor dos comportamentos obsessivo-compulsivo, não se pode asseverar eficácia comprovada devido ao número limitado de pesquisas e pelo pequeno grupo de pessoas que foram randomizadas. Mesmo não havendo uma comprovação “universal” os médicos optam por utilizar este medicamento desde que seja ponderado os riscos e benefícios.

O IMPACTO DO TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO NAS RELAÇÕES FAMILIARES: uma replicação sistemática

“…Já no campo das psicoterapias, a terapia comportamental é descrita muitas vezes como sendo um modelo de significativa eficácia no tratamento dos sintomas (Vermes & Zamignani, 2002), bem como a terapia cognitivo-comportamental (Oliveira et al, 2018). A primeira, ao ter como embasamento a análise do comportamento, considera que o comportamento é fruto da interação que ocorre entre o organismo e o ambiente, e que um comportamento só pode ser identificado, de fato, ao analisar essa relação (Copque & Guilhardi, 2009).…”

“…Dessa forma, os significados que são atribuídos pelos sujeitos aos diversos aspectos de suas vidas possuem uma relação mútua com os comportamentos, e é através dessas interpretações que o indivíduo formula hipóteses a respeito de si mesmo, de seu mundo e de seu futuro. Nessa perspectiva, as emoções e os comportamentos não são, portanto, gerados pelos eventos propriamente ditos, mas sim pelo que os sujeitos pensam sobre eles (Oliveira et al, 2018).…”

“…No que se refere ao TOC, Oliveira et al (2018) informam que a formulação cognitiva para a sua compreensão é a de que "o comportamento obsessivo se mantém devido à evitação da reavaliação da experiência" (p. 35). As compulsões, e as experiências trazidas por elas, geram alívio ao portador do transtorno, as quais, ao serem repetidas frequentemente, o levam à conclusão de que este é o comportamento que o mantém em segurança.…”