O vitiligo é uma doença cutânea crônica caracterizada por despigmentação da pele, sendo associada com desfiguração estética e considerável desconforto psicológico, representando grandes desafios em termos de cuidados dermatológicos. A partir do conhecimento do impacto psicossocial desta doença para o paciente e os desafios do seu tratamento pela medicina, este trabalho teve como objetivos destacar os principais aspectos etiopatogênicos do vitiligo, bem como, apresentar as opções terapêuticas atuais para o manejo da doença. Método: Revisão bibliográfica narrativa, utilizando-se as bases de dados Pubmed (US National Library of Medicine) e Portal Capes. A busca dos trabalhos foi realizada no ano de 2018, utilizando-se os seguintes Descritores em Ciências da Saúde: Vitiligo; Autoimunidade; Repigmentação; Tratamento Farmacológico; Fototerapia; Cosméticos; Cirurgia; Enxerto de tecido. Foram selecionados 26 artigos publicados no período de 2011 a 2018 que apresentaram conteúdos relacionados aos objetivos deste estudo. Resultados: O vitiligo desenvolve-se pela associação da predisposição genética e exposição a fatores ambientais. O tratamento tem o objetivo de limitar a progressão da doença, promover repigmentação das áreas afetadas e prevenir recidivas; podendo ser dividido em clínico, estético e cirúrgico. Os medicamentos tópicos, os sistêmicos, a fototerapia e os recentes imunobiológicos constituem tratamentos clínicos. O tratamento estético é representado pela camuflagem cosmética e o cirúrgico é indicado para aqueles que apresentam doença estável não responsiva a terapia clínica. Conclusão: O tratamento em geral é realizado pela associação de terapias, razão pela qual deve ser individualizado para cada paciente. O início precoce do tratamento está associado a um prognóstico mais favorável. Torna-se de extrema importância não negligenciá-lo além de conhecer inovações terapêuticas, tendo em vista o potencial estigmatizante da doença; melhorando assim a prática clínica e a qualidade de vida dos pacientes.