Introdução: O transtorno do espectro autista (TEA), é um conjunto de alterações do neurodesenvolvimento que afetam a socialização, comunicação e as habilidades motoras. A etiologia é associada a fatores múltiplos que podem ser genéticos ou neurobiológicos. Estudos recentes destacam os déficits motores como influência nas demais alterações do TEA, e a fisioterapia pode beneficiar o desenvolvimento motor e interpessoal, adaptando-se às necessidades individuais. O objetivo é descrever a atuação da fisioterapia nos transtornos motores em crianças com TEA. Trata-se de uma revisão da literatura, composto por indivíduos de 2 a 15 anos diagnosticados com TEA, estudos que abordassem sobre intervenções motoras, no período de 2013 a 2023, realizada através das bases de dados PubMed, Scielo e PEDro. A análise dos 12 estudos selecionados, nos mostraram que as alterações motoras ocorrem devido ao baixo tônus muscular, deficiência no controle postural, planejamento motor e distúrbio de coordenação. A intervenção fisioterapêutica é essencial nas alterações de motricidade e no desenvolvimento e a intervenção precoce perante essas habilidades, auxilia também na interação e integração sensorial. Os estudos mostram que a fisioterapia é de extrema importância para que o desenvolvimento ocorra de maneira mais efetiva e assertiva, evitando o possível atraso da motricidade. Portanto, além da fisioterapia contribuir na motilidade, é possível notar a influência que ela possui no comportamento social e comunicativo, aumentando a integração da criança na sociedade.