A Síndrome Metabólica (SM) consiste em alterações metabólicas e hormonais que o paciente obeso pode apresentar. Tal condição clínica é bastante prevalente e é associada com o aumento da morbimortalidade. O diagnóstico é feito quando há um aumento da circunferência abdominal (cintura > 102cm em homens e > 88cm em mulheres) ligado a pelo menos dois dos seguintes fatores: hipertrigliceridemia (≥150 mg/dl), HDL baixo (<40 mg/dl em homens e <50 mg/dl em mulheres), pressão arterial elevada (≥130/ 85 mmHg) e glicemia de jejum aumentada (≥ 110mg/dl). O tratamento inicial inclui a mudança do estilo de vida, podendo-se tentar medidas farmacológicas. Entretanto, quando há falha das medidas não cirúrgicas ou quando o paciente possui obesidade mórbida (IMC ≥ 40Kg/m²), a cirurgia bariátrica revela-se como uma boa decisão terapêutica. Objetivo: revisar a literatura sobre a cirurgia bariátrica como manejo eficaz no controle da síndrome metabólica. Revisão integrativa da literatura nas bases de dados Pubmed, Scielo e Lilacs mediante a utilização dos descritores: “Síndrome Metabólica”, “Cirurgia Bariátrica” e “Tratamento da obesidade”. Foram selecionados 20 artigos nos idiomas português, espanhol e inglês. A cirurgia bariátrica oferece várias técnicas que podem ser utilizadas, sendo as principais o sleeve, também conhecida como gastrectomia vertical, e o bypass gástrico proximal em Y de Roux. Cada procedimento desempenha um papel específico em relação aos efeitos metabólicos. Embora seja uma alternativa eficiente no manejo da síndrome metabólica, é crucial destacar que a cirurgia bariátrica não é indicada para todos os pacientes, ressaltando a importância da avaliação individual do médico para cada caso, considerando as possíveis contraindicações do procedimento. A cirurgia metabólica deve ser realizada com uma abordagem multidisciplinar e mudanças no estilo de vida, com o intuito de trazer melhorias substanciais na saúde e bem-estar dos pacientes, contribuindo para o controle da síndrome metabólica e suas complicações associadas.