“…Podemos assim afirmar que os festivais de verão, como é o caso do Festival de Paredes de Coura, vieram contrariar estas dinâmicas, trazendo para o mundo rural novas experiências e novas necessidades de entendimento, estudo e preservação patrimonial. Se inicialmente falávamos de uma híper-patrimonialização (HEINICH, 2010) afeta aos centros urbanos, cada vez mais identificamos esse fenómeno nos meios rurais, sob uma repentina noção de medo crescente de que estamos a perder memórias e heranças rurais (HEINICH, 2017;LAQUEUR, 2015;POIRIER, 1996), uma vez investindo tempo em demasia na recuperação e na conservação daquilo que é urbano/ que se situa no mundo urbano 12 .…”