As substâncias bioativas contidas nos vegetais são conhecidas pelos benefícios conseguidos através de seus usos, no entanto esses compostos também podem ser nocivos à saúde humana. Tendo em vista a importância das plantas como possibilidades terapêuticas, e para o desenvolvimento de novas terapias, para a ciência médica, se faz necessário um controle de qualidade e segurança desses produtos. O objetivo desse estudo foi realizar uma análise do perfil químico e atividade toxicológica do extrato das folhas e de cápsulas comerciais de Moringa oleífera Lam. A prospecção fitoquímica foi realizada através da metodologia qualitativa com um princípio elucidativo das classes de metabólito secundários, identificou-se a presença: saponinas, antociadinas, antocianinas, flavonóis, alcaloides, xantonas e fenóis. Nos ensaios de toxicidade, cada extrato foi testado em sete concentrações (1.000 µg ̸ ml, 500 µg/ml, 250 µg/mL, 100 µg/mL, 50 µg/mL, 25 µg/mL, 10 µg/mL). No bioensaio com Artemia salina o EEFMO apresentou CL50 = 120 µg / mL e o ECMO CL50 = 83,65 µg / mL, sendo considerados toxico. Na citoxicidade os dois extratos provocaram lise total das hemácias nas concentrações de 1.000 µg ̸ ml e 500 µg ̸ ml. Diante do que foi discutido no referido estudo, pode- se concluir que existe uma diferença de perfil químico entre o EEFMO e ECMO de M. oliefera, e que embora os dois extratos analisados tenham demostrado atividade toxicológica no bioensaio com A. salina e na citoxicidade em hemácias, houve uma diferença de CL50 e do dano eritrocitário após a exposição aos extratos analisados.