Efeito do Vertimec® 18CE e de seu princípio ativo, a abamectina, em ambiente aquático: uma análise laboratorial e in situ

COMPARING ECOLOGICAL RISKS OF PESTICIDES ON UNICELLULAR FRESHWATER GREEN ALGA; Pseudokirchneriella subcapitata Using A Risk Quotient RANKING APPROACH.

“…The ecological risk caused by abamectin is presumed to be more serious than by amamectin benzoate (Table 3). Although abamectin is not directly used in aquatic ecosystems, it may have adverse effects on aquatic biota either phytoplankton (Wislocki et al, 1989;Vieira, 2010) or zooplankton (Novelli, 2010) through direct application as well as via runoff from experimentally contaminated plots. Additionally, ivermectin compounds showed worst case risk presumptions (RQ= 1.05-36.2) and many efforts were made to prevent repeated entry in aquatic environments and thus its accumulation in sediments (Garric et al, 2007).…”

Efeitos do agrotóxico Vertimec® 18 EC para o zooplâncton e fitoplâncton: análises laboratoriais com o produto comercial e amostras de mesocosmos artificialmente contaminados

“…O agrotóxico utilizado nesse estudo é o Vertimec ® 18 EC, empregado no controle de insetos e ácaros em várias culturas agrícolas, tais como fruticulturas, horticulturas, plantas ornamentais, entre outras e na medicina veterinária, na prevenção de doenças parasitárias (CAMPBELL, 1989 Nos tratamentos com dose múltipla, a concentração utilizada foi de 0,002 ml L -1 , que corresponde à concentração quantificada nas amostras de escoamento superficial de um terreno artificialmente contaminado com o produto na dose recomendada para a cultura de morango (0,75 mL L -1 , o que representa 0,125 L de calda por m 2 de área cultivada). Portanto, para alcançar essa concentração, foram adicionados 0,4 mL do contaminante em cada tratamento dose múltipla contendo 200 L de água (NOVELLI, 2010;VIEIRA, 2010) . Os tratamentos com dose múltipla tiveram por objetivo simular a aplicação contínua do agrotóxico e os efeitos cumulativos sobre os organismos.…”

Avaliação dos efeitos de agrotóxicos em ecossistemas aquáticos tropicais utilizando organismos zooplanctônicos como bioindicadores

“…Os efeitos dos contaminantes podem ocorrer em diferentes níveis de organização biológica, ou seja, desde o nível bioquímico ou fisiológico (COLE; NICHOLSON; CASIDA, 1993;GRIPP et al, 2017;HUGGET et al, 1992), indivíduo (BARATA et al, 2006KONWICK et al, 2005;PAVLAKI et al, 2011), a nível de população e ecossistema (GUSMÃO, 2004;NOVELLI, 2010;SANCHEZ, 2016), porém a maioria das informações se restringe em nível de indivíduos (CHANDLER et al, 2004;SCHMITT-JANSEN et al, 2008) e isto pode ser um problema, já que a extrapolação dos resultados obtidos dos teste em laboratório para os ecossistemas pode ser limitada, devido a simplificação excessiva por não se estimar aspectos importantes da ecologia da comunidade (SCHMITT-JANSEN et al, 2008). Dentre estes aspectos podese citar: i) assembleias de espécies geralmente cobrem uma ampla gama de espécies com diferentes sensibilidades, mas em testes ecotoxicológicos poucas espécies foram padronizadas em relação as que existem no ecossistema; ii) no ambiente as espécies estão constantemente interagindo através de competição e interação na cadeia trófica, e esta dinâmica não pode ser refletida em bioensaios usando uma única espécie; iii) grupos funcionais importantes dos ecossistemas acabam sendo sub-representados, já que a avaliação através de testes laboratoriais não considera a estrutura da comunidade do ecossistema em questão; e iv) ao restringir a avaliação ecotoxicológica ao nível da espécie, as funções do ecossistema não são consideradas (SCHMITT-JANSEN et al, 2008).…”

“…Os modelos ecossistêmicos têm sido sugeridos como ferramentas em estudos de poluição aquática, pois possibilitam responder e entender questões entre a toxicologia experimental e a toxicologia ecológica (CHAPMAN, 2002), trazendo resultados mais relevantes ecologicamente em relação à toxicidade dos contaminantes (GUSMÃO, 2004;MOREIRA et al, 2017;NOVELLI, 2010;, inclusive impactos que os agrotóxicos podem causar ao ecossistema como um todo (MOREIRA et al, 2017;NOVELLI, 2010;WENDT-RASCH et al, 2003). Estes modelos abrem a possibilidade para que um conjunto de fatores seja avaliado simultaneamente, permitindo também que além da avaliação e quantificação dos efeitos tóxicos diretos, os efeitos indiretos também sejam analisados (MOREIRA et al, 2017;NOVELLI, 2010;WENDT-RASCH et al, 2003), como a propagação do fenômeno "cascata trófica" acompanhado de seus efeitos top-down e bottom-up , e a taxa e a extensão da recuperação das espécies afetadas devido ao impacto pelos contaminantes (OECD, 2004).…”