Efeito do neem (Azadirachta Indica) no controle de nematódeos gastrintestinais em ovinos suplementados a pasto no período seco

Abstract

Efeito do neem (Azadirachta AbstractThe aim of this study was to evaluated the effect of Azadirachta indica (Neem) extracts upon the productive response and control of gastrointestinal nematodes in Santa Inês sheep during the dry season grazing. Twenty four sheep, were divided in three groups according to the following treatments: SPControl (Animals receiving protein supplement); SP-Oil (Animals receiving protein supplement and Neem oil extract) and SP -Leaf (Animals receiving protein supplement and Neem dry leaves). The animals received daily protein supplement, while the oil and the dry leaves treatments were offered at interval of 15 days, a total of 4 doses ministred. Each day of supply of oil and leaves, feces samples were

Supplementation of sheep with increasing levels of crude protein: performance, animal behavior, and contamination and spread of nematode larvae in Brachiaria brizantha ‘Xaraés’ pasture

“…From day 28to 42, an effect of higher protein levels over EPG reduction was observed, indicating that the medium and high protein concentrations led to the reduction of nematodes in the gastro-intestinal tract of these animals. These findings are similar to the data obtained by Veloso et al (2004), who studied the effect of different protein levels on sheep, and Igarashi et al (2013), who studied the effect of protein supplement in association with neem oil and dry leaves (Azadirachta indica) on sheep. After day 49, an increase in the dietary protein levels did not affect EPG and resulted in a higher parasite load probably because the vermifuge was administered only at the beginning of the experiment.…”

Óleo de Neem (Azadirachta indica) nos parâmetros parasitológicos, hematológicos e bioquímicos de ovinos naturalmente infectados por nematoides gastrintestinais

“…Nos últimos anos o Neem vem recebendo atenção como uma alternativa fitoterápica, sendo também preconizado no controle de parasitas gastrointestinais de ovinos e caprinos (CHAGAS & VIEIRA, 2007;NOGUEIRA et al, 2005;UENO & FRAGA, 2006). Entretanto sua eficácia gera polêmica devido á resultados controversos, uma vez que os trabalhos, geralmente, realizados utilizando suas folhas (RAHMAN et al, 2009;CHAGAS et al, 2008;CHAGAS & Vieira, 2007), sementes ou óleo extraído de suas sementes (IGARASHI et al, 2013;NOGUEIRA et al, 2005) Em outro experimento Nogueira et al (2006), avaliando a eficácia das sementes de Neem desidratadas em caprinos na dosagem de 1,0g/kg e 3,0g/kg em três aplicações com intervalo de 13 dias, observaram um aumento no OPG dos animais tratados em quase todas as administrações, todavia, apesar da maior dosagem, não houve casos de intoxicação como relatado por Nogueira et al (2005). Resultados similares aos obtidos neste trabalho também foram relatados por Chagas & Vieira (2007) que ao avaliarem o efeito anti-helmíntico das folhas de Neem, em cabras, na dosagem de 30g/animal/dia durante cinco dias, observaram que o grupo controle ingeria todo alimento oferecido no cocho em menos de 30 minutos, enquanto que os animais que recebiam o Neem demoravam cerca de duas horas, demonstrando problemas de palatabilidade.…”

“…A prevalência do Haemonchus spp. seguida pelo gênero Trichostrongylus spp., nas coproculturas, foi semelhante a relatada por Chagas et al (2008); Pereira et al (2008); Vieira et al (2008); Moraes et al (2010) e Igarashi et al (2013). Não houve variação nas porcentagens de larvas de helmintos nas coproculturas, assim como também relatado por Chagas et al (2008).…”

“…No entanto, as médias das variáveis volume globular e leucócitos totais apresentaram diferença estatística entre as coletas, sendo que para volume globular a média da coleta 1 (32,41%) foi superior a da coleta 3 (30,78%) e, para leucócitos totais, a contagem de células na coleta 1 (1123 células/µL) foi superior às subsequentes (915 e 990 células/µL, respectivamente para coleta 3 e 5) (P<0,05). As médias de aspartato-aminotransferase se mantiveram dentro de padrão fisiológico relatado para a espécie por Kaneko et al (1997) Igarashi et al (2013) relataram que a associação de folhas ou óleo de Neem à suplementação protéica não foram capazes de melhorar o desempenho dos ovinos Santa Inês, quando comparados apenas a suplementação protéica. Os resultados demonstram que a utilização do óleo de Neem, na quantidade administrada e nas condições deste experimento, apesar de não provocar alterações nos padrões hematológicos e bioquímicos e também não comprometer o desempenho dos animais, não é eficaz no controle dos endoparasitas gastrointestinais de ovinos.…”

“…Uma característica do Neem é a presença do agente antialimentar, o azadiractin, nas folhas, frutos e sementes (NEVES et al, 2003). Apesar da Azadirachta indica A. Juss ser indicada no controle dos nematódeos gastrintestinais, os resultados na literatura não são conclusivos sobre os efeitos da azadiractina, sua principal substância, nesses parasitas (IGARASHI et al, 2013;RAHMAN et al, 2009;CHAGAS et al, 2008). Objetivou-se investigar o potencial antihelmíntico do Neem em ovinos naturalmente infectados por parasitas gastrintestinais, avaliar a redução dos valores de ovos por gramas de fezes, a dinâmica populacional dos endoparasitas, os padrões hematológicos e bioquímicos, o ganho de peso e a condição corporal.…”