A Estimulação Auditiva Rítmica (EAR) tem despertado interesse pelos efeitos positivos durante o envelhecimento sobre os declínios da mobilidade. Objetivo: Avaliar os efeitos de um treinamento com estimulação auditiva rítmica associada à fisioterapia sobre mobilidade funcional em idosos sedentários. Métodos: Neste ensaio clínico randomizado, controlado, simples cego os idosos foram alocados em três grupos: controle (GC), estimulação auditiva rítmica associada à fisioterapia (EAR+FT) e fisioterapia (FT). Os grupos FT e EAR+FT foram submetidos a 12 sessões com o protocolo da fisioterapia (três vezes por semana, 40 min/sessão). Ao grupo EAR+FT eram acrescidos a estimulação auditiva rítmica com música (10-20 min/sessão), fornecidos pelo aplicativo ParkinSONS®. Para a análise dos dados, foi utilizada a ANOVA two-way com medidas repetidas para comparação entre os grupos e o tempo, com o post hoc de Tukey. O tamanho do efeito das intervenções também foi calculado. O nível de significância estabelecido foi de p<0.05. Resultados: Não foi encontrada diferença significativa entre os grupos. Na análise pareada, foi observado que o grupo EAR+FT apresentou resultados significativos e tamanho do efeito benéfico com aumento da velocidade (p= 0.0001), redução do tempo (p= 0.001) e do número de passos (p= 0.0007), redução nos valores do TUG (p= 0.0001), aumento do deslocamento no TAF (p= 0.0001), melhora dos escores no TUG-ABS (p= 0.003) e PAP (p= 0.0001). Conclusão: Verificou-se um efeito positivo do uso da EAR associada à fisioterapia sobre mobilidade funcional de idosos sedentários, repercutindo sobre os parâmetros espaços-temporais, o risco de quedas e a execução de atividades funcionais.