Efeito Da Topografia Sobre a Classificação Do Uso E Cobertura Da Terra Por Análise Deimagens Baseada Em Objetos

Abstract

Este estudo avalia a influência do efeito topográfico sobre a classificação de uso e cobertura da terra por análise de imagens baseada em objetos. Para isso, foi realizada a correção topográfica de bandas espectrais Landsat 5 TM e a análise comparativa das classificações dos dados sem e com correção topográfica. A área de estudo está localizada em uma região agrícola de relevo suave ondulado a ondulado localizada no sul do estado de Minas Gerais, Brasil. A imagem Landsat 5 TM foi obtida no catálogo de imagens do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e os dados topográficos para correção topográfica foram obtidos no projeto Topodata, os quais foram elaborados a partir do refinamento dos dados da missão Shuttle Radar Topography Mission (SRTM). A classificação do uso e cobertura da terra foi realizada por análise de imagens baseada em objetos geográficos (GEOBIA), dividida em duas etapas: segmentação e classificação por árvore de decisão. As classificações das imagens sem e com correção topográfica foram comparadas por meio de índice de exatidão global, índice kappa, tamanho das árvores de decisão e tamanho dos segmentos (ou regiões). A classificação da imagem com correção topográfica apresentou árvore de decisão mais simples (menor número de nós) e segmentos maiores. Em 26% da área total as duas classificações apresentaram resultados diferentes em relação às classes de uso ou cobertura da terra. A classificação da imagem com correção apresentou índice kappa e índice de exatidão global em torno de 10% mais elevados. Conclui-se que, em áreas de relevo irregular a correção topográfica deve ser aplicada para reduzir o efeito topográfico na classificação do uso e cobertura da terra utilizando GEOBIA.

Análise Do Efeito Topográfico Sobre Índices De Vegetação Utilizando Imagens Rapideye Na Serra Do Mar – Pr

“…Nota-se ainda pela imagem da Figura 3C, na qual foi aplicado o método de Correção-C, não foi possível eliminar todo o efeito topográfico, apresentando uma rugosidade maior do que na imagem da Figura 3B, em concordância com Galvão et al (2015), que trabalhou com dados com resolução espacial grosseira. Ao sul do recorte espacial notam-se as áreas sombreadas em que se encontram as maiores declividades da bacia, evidenciando a aparente anisotropia da área, onde ocorre o controle geológico por meio dos grandes maciços compostos por granitos intrusivos e migmatitos, escarpamento de falhas e diversos diques de Diabase cortando as rochas migmatíticas, com direção preferencial E-W. Para este estudo todas as bandas corrigidas pelo método Minnaert apresentaram diferenças significativas, ou seja, com p-value < 0,05, isso indica que a correção topográfica contribuiu significativamente para reduzir a influência da iluminação/observação, ou o efeito topográfico, na refletância das bandas espectrais (MOREIRA et al, 2016) .…”

“…Pesquisadores passaram a considerar a influência indireta da topografia sobre a variação radiométrica em imagens e a avaliar a importância de sua correção para obter informações espectrais com melhor acurácia (MOREIRA, VALERIANO, 2014;PONZONI et al, 2014;GALVÃO et al, 2016;MOREIRA et al, 2016;PONZONI, 2016;GAIDA et al, 2016;OLIVEIRA, GALVÃO, PONZONI, 2019). Nesse sentido, os vários métodos de correção topográfica podem ser agrupados em três categorias principais: razão de banda, métodos empíricos ou semiempíricos e os físicos (WEN et al, 2009;ZHANG, GAO, 2011;BALTHAZAR, VANACKER, LAMBIN, 2012).…”

“…Como forma de avaliar o desempenho das correções topográficas em áreas de Floresta Atlântica em região de relevo acidentado, índices de vegetação foram utilizados nos estudos de Moreira e Valeriano (2014), Moreira et al (2016), e Oliveira, Galvão e Ponzoni (2019). Segundo Huete, Didan e Leeuwen (1999) os índices de vegetação possibilitam realizar o monitoramento da vegetação, e avaliação das características biofísicas e bioquímicas em perspectiva espacial e temporal.…”