A sidra brasileira vem perdendo mercado a cada ano em função da sua falta de qualidade e da concorrência com outras bebidas frisantes e espumantes. Sidras comerciais e elaboradas em laboratório (experimentais) foram avaliadas através de análises físico-químicas e isotópica de 13C. Os parâmetros físico-químicos e instrumentais apresentaram diferenças entre os produtos (p < 0,05), separando as amostras varietais das comerciais pela análise de componentes principais (PCA). A análise isotópica de 13C nas sidras comerciais foi eficiente para determinar que 20 a 80% dos açúcares presentes são provenientes de outras fontes, como da cana-de-açúcar. A sidra "A" apresentou a maior adição de açúcar de outras fontes, no entanto, não apresentou os maiores teores de açúcar total e extrato seco total, indicando que nesta sidra ocorreu maior adição de água (diluição). Desta forma, o teor alcoólico final, possivelmente, também foi corrigido o que não é permitido pela legislação brasileira. A comparação analítica e isotópica de 13C entre sidras experimentais e comerciais foi eficiente na detecção de compostos adicionados e na identificação de diluição da sidra o que compromete sua qualidade sensorial. PALAVRAS-CHAVE: sidra, composição química, análise de carbono13C, qualidade.