Educadores ambientais nas escolas: as redes como estratégia

Abstract

A emergência da crise socioambiental aponta a educação ambiental para enfrentamento deste problema. A escola, vista pela sociedade como locus para a sua realização, é cenário de educadores que movimentam, ainda que em minoria, iniciativas contra-hegemônicas para inserir a educação ambiental na agenda escolar. Esta crise manifesta a crise civilizatória de um modelo de sociedade e sua racionalidade hegemônica. A escola não é deslocada da sociedade e vive esta crise de paradigmas. A participação em redes de educação ambiental é uma estratégia com potencial de romper o isolamento destes educadores em suas escolas, tornando-os partícipes de um movimento coletivo; de propiciar interconexão da realidade local contextualizada numa perspectiva ampliada; e de vivenciar um ambiente educativo para a formação contínua. Este artigo apresenta a esses educadores as redes como um ambiente para a práxis comprometida com a educação ambiental crítica.

Educação Ambiental: Da (Des) Construção De Um Clichê a Uma Perspectiva Crítica Em Educação.

“…Assim (BOMFIM, 2008, p.14) afirma que "(...) uma EA crítica é aquela que percebe a inevitabilidade do confronto político, porque assim como acontece com a relação capital e trabalho, a questão ambiental liga-se a conflitos de interesses, característica de uma sociedade desigual." Apoiados em Guimarães et al (2009), defendemos que, mesmo em grupo minoritário, os professores devem tentar inserir uma perspectiva crítica em EA nas escolas através do embate hegemônico em práticas diferenciadas, assumindo uma postura crítica em seu fazer pedagógico, construindo novas lógicas, suscitando questionamentos sobre os aspectos sociais e políticos inerentes à Educação Ambiental, tendo como principal desafio o enfrentamento das questões que são omitidas nos próprios documentos "oficiais" que buscam nortear a educação, dos quais falamos anteriormente.…”

Artrópodes como tema gerador de uma prática educativa em uma escola de artes no município de Palotina (PR)

“…O quadro socioambiental que caracteriza as sociedades contemporâneas revela que os impactos antrópicos sobre o meio ambiente têm tido consequências cada vez mais complexas, tanto em termos quantitativos quanto qualitativos (JACOBI, 2003). Frente a essas crises socioambientais e os possíveis riscos de suas consequências, Guimarães et al (2009) afirmam que a Educação Ambiental surge como uma prática social para enfrentarmos estes problemas ambientais.…”

Educação Ambiental e serviços urbanos: uso de aplicativos digitais para a gestão do verde urbano no município de São Paulo

“…As redes de educação ambiental têm se multiplicado e gerado impactos positivos significativos no fortalecimento de ações de sustentabilidade, tanto com indivíduos quanto com as próprias entidades. Elas são provenientes de discussões das temáticas ambientais nas mais diversas esferas e tendem a buscar mudanças e tentar promovê-las a partir da sensibilização e conscientização, bem como do fortalecimento da educação ambiental na sociedade brasileira (GUIMARÃES et al, 2009).…”