ALMEIDA & ROCHA (1997); CAMPOS (1992) e MERHY (1995. Para os grupos nos embasamos em MUNARI & RODRIGUES (1997) e LOPES & MANZOLI (1996
INTRODUÇÃOA crise do setor saúde no final dos anos 70 levantou um amplo debate desencadeando processo da Reforma Sanitária, o qual propõe a reestruturação desse setor tendo como estratégia a conformação do Sistema Único de Saúde (SUS) legalizado com a Constituição de 88 (BRASIL,1988), assim novas diretrizes e formas de organização da assistência se fizeram necessárias.Ao final dos anos 80 como reflexo desse processo a forma de atuação dos profissionais na área da saúde pública sofre transformações. ALMEIDA (1991) analisando o trabalho de enfermagem na rede básica de saúde de Ribeirão Preto, identificou o modelo de assistência do pronto-atendimento que consistia na consulta e conduta centrada na queixa imediata referida pelos clientes.Ainda o estudo de ALMEIDA (1991) apontou que as atividades de enfermagem estavam voltadas para as ações complementares da consulta médica, tais como: aplicação de tratamento e curativos, aerosóis.Houve um esvaziamento dos grupos de orientação e atendimento de enfermagem, os profissionais alegavam que a clientela buscava apenas o atendimento médico realizado o mais rápido possível de modo a permanecer menor tempo na unidade de saúde.A ineficácia deste modelo queixa-conduta foi logo percebida, como comenta ASSIS (1996) no seu estudo analisando o trabalho da enfermeira na rede básica, sugerindo retomar atividades de caraterísticas mais amplas, como os trabalhos de grupo.Com vista a contribuir para mudança no atual modelo de assistência, na perspectiva da construção do Sistema Único de Saúde (SUS), apresentamos a experiência de uma unidade básica de saúde quanto ao resgate da prática de trabalho de grupo como estratégia de oferecer outras formas de atendimento a saúde além da consulta médica.
REFERENCIAL TEÓRICOEste trabalho está baseado no referencial teórico do processo de trabalho em saúde utilizado por ALMEIDA & ROCHA (1997), o qual percebe a enfermagem como uma prática social articulada à outras práticas. Fomos influenciadas também pelas idéias de CAMPOS (1992) e MERHY (1995), os quais propõem um novo agir em saúde, através da reorganização das ações oferecidas pelas equipes de saúde com a * Trabalho apresentado do VI Colóquio de Investigação em Enfermagem, maio 1998