Educação Financeira e sua influência entre estudantes do 1º e 2º ano do Ensino Médio em escolas públicas

Abstract

A educação financeira possibilita que os cidadãos passem por processos de aprendizagem que os levem a realizar compras conscientes e aprendam a gerir suas rendas, evitando gastos desnecessários, e estimulando ao consumo consciente e saudável, já o baixo nível de conhecimento em finanças pode contribuir para que, no ato do consumo, os indivíduos se comprometam com decisões e compromissos financeiros levando ao endividamento. Diante da necessidade de formar cidadãos conscientes financeiramente, principalmente entre a juventude, a presente pesquisa visa conhecer se o nível de educação financeira de jovens exerce influência em seu processo de decisão de compra, tomando como base estudantes do 1º e 2º ano do ensino médio em escolas públicas de cidade de Porto Velho, capital do estado de Rondônia, através de suas tomadas de decisões financeiras em situações cotidianas. A fundamentação teórica baseou-se nos estudos de Kahneman e Tversky, denominado Teoria de Perspectiva e nas pesquisas da OCDE. A pesquisa caracterizou-se como aplicada, descritiva, com abordagem quali-quantitativa, sendo delineada através de um levantamento do tipo Survey, através de uma amostra, do tipo não probabilística, e para a coleta dos dados foi utilizado questionário eletrônico elaborado na plataforma Google Forms. O presente estudo possibilitou compreender que os estudantes possuem níveis baixos de conhecimento sobre educação financeira, porém apresentam decisões conscientes sobre os casos cotidianos. Destaca-se, que o ambiente escolar não propaga assuntos voltados a finanças pessoais, contudo, o ambiente familiar é um impulsionador dessa temática.

O conhecimento dos alunos do ensino médio do interior do estado do Amazonas sobre educação financeira

“…Três destes alunos declararam que são os principais responsáveis pela renda familiar em suas casas. O percentual de alunos com atividade remunerada em Tefé foi similar ao dos alunos do ensino médio de Porto Velho (RO), que chegou a 10,7% (Silva et al, 2022). Em estudo realizado com alunos do ensino fundamental de escolas públicas em Arroio do Meio (RS) o percentual de alunos que declararam realizar alguma atividade remunerada, incluindo estágio, foi de 54,9% (Steiger & Braido, 2016).…”

“…Entre alunos do ensino médio do interior do estado do Rio Grande do Sul o percentual dos que recebem mesada é mais baixo na comarca de Arroio do Meio, com 23,2% (Steiger & Braido, 2016), em Santa Maria 25% (Visentini & Weingartner, 2018) e 51,3% em escolas de Alvorada e Porto Alegre (Santos, 2011). Já em Porto Velho (RO) 21,4% dos alunos dos dois primeiros anos do ensino médio recebem mesada (Silva et al, 2022). No presente estudo, entre os 188 alunos, que recebem dinheiro, incluindo apenas os que responderam, 43,1% recebem o dinheiro mensalmente e 29,3% sem periodicidade definida.…”

Finanças pessoais: a influência das disciplinas de finanças no comportamento financeiro dos estudantes de administração de uma universidade pública

“…Seu propósito é fazer com que o indivíduo desenvolva uma mentalidade saudável e adequada em relação ao dinheiro e a forma de como administrá-lo, exige uma perspectiva de longo prazo, muita persistência e de muito treino. Silva et al (2022) em sua pesquisa com estudantes em ensino médio de escolas públicas identificaram que os estudantes apresentam baixa proficiência em educação financeira, contudo, demonstram tomadas de decisões conscientes ao lidar com situações do dia a dia. Os autores destacam que a educação formal pouco proveito tem feito para divulgar informações sobre finanças pessoais, porém, o lar tem exercido papel relevante na propagação desse tema.…”

Projeto de extensão “Finanças pessoais hoje e sempre!”: relato de experiência das ações na comunidade

“…A educação financeira tem se tornado uma preocupação crescente principalmente no âmbito escolar, pois, quando é desenvolvida por meio de ações planejadas, habilita a população desde cedo a administrar de forma consciente e inteligente as finanças pessoais (BRASIL, 2018;BRASIL, 2010). Essa temática tem sido estudada no âmbito mundial a partir de questões como alfabetização financeira por meio de políticas públicas em diferentes níveis, etapas e modalidades de ensino (SILVA; POWELL, 2015; VIEIRA; PESSOA, 2020), além de estudos nacionais sobre a formação de professores, a operacionalização da didática e das metodologias de ensino acerca da educação financeira, a inserção da matemática financeira na grade de ensino médio para tratamento de questões da educação financeira e o ambiente impulsionador da conscientização sobre finanças pessoais (CUNHA; LAUDARES, 2017; GROENWALD; OLGIN, 2018;MELO;PESSOA, 2019;MARIANI;MALTEMPI, 2021;HARTMANN, 2022;SILVA et al, 2022).…”