Educação Ambiental como disciplina na formação dos biólogos: Um estudo de caso na universidade

Abstract

O objetivo desta pesquisa foi analisar a inserção da EducaçãoAmbiental como disciplina, no curso de Ciências Biológicas da UniversidadeFederal de Uberlândia (UFU), ministrada em 2009/1 e 2009/2, para entender seuslimites e possibilidades na formação do biólogo. A pesquisa se propôs ainda analisara influência dos parâmetros traçados em Tbilisi na proposta desenvolvida. Dentrodos parâmetros da pesquisa qualitativa, a opção foi pelo estudo de caso e realizou-se pesquisa bibliográfica, documental e decampo. A análise dos dados subsidiada pelo referencial teórico escolhido indicou que o oferecimento da Educação Ambiental como disciplina, embora não seconstitua em uma situação ideal consiste em um avanço para sua inserção nocurso e que a disciplina atende alguns pressupostos para a Educação Ambientalacenados em Tbilisi, indo além dessas orientações sob influência de outrosaportes teóricos que subsidiam as discussões na área.

Educação Ambiental Na Formação Inicial Docente: Um Mapeamento Das Pesquisas Brasileiras Em Teses E Dissertações

“…Nas pesquisas sobre aspectos interdisciplinares, em geral, os obstáculos envolveram o desenvolvimento de projetos, planejamentos e currículos nos cursos de licenciatura. Para exemplificar, citase como dificuldade o "trabalho interdisciplinar entre os próprios professores das disciplinas do núcleo de formação pedagógica" (Tavares, 2012), bem como o fato de, "mesmo a dimensão ambiental sendo contemplada no PPP do curso e as ementas sendo elaboradas de maneira interdisciplinar e transversal, os estudantes ainda não reconhecem esta presença nas disciplinas" (Lopes, 2012).…”

“…Também foram mencionadas análises de propostas curriculares considerando as diretrizes curriculares nacionais dos cursos, políticas de EA e o movimento de ambientalização no ensino superior. Essas pesquisas foram aplicadas aos cursos de licenciatura em Pedagogia, Ciências Biológicas, Física, Química e Geografia (Dellazari, 2009;Tavares, 2009;Zuin, 2010;Oliveira, 2011;Lopes, 2012;Tavares Júnior, 2012;Braga, 2013;Fonseca, 2013;Guedes, 2013;F. Souza, 2013;Conti, 2014;Podewils, 2014;Aversi, 2015;Vieira, 2015;Modesto, 2016;Paula, 2016;Silva, 2014;Schmitt, 2016).…”

“…Em relação aos objetivos desses trabalhos, pode-se destacar a análise de: projetos pedagógicos dos cursos para identificar a ambientalização curricular e como ela está ocorrendo (Oliveira, 2011;Vieira, 2015); limites e possibilidades da disciplina EA para a formação do professor e como está sendo implantada ou inserida nos cursos e currículos (Oliveira, 2011;Conti, 2014); temática ambiental inserida em disciplinas dos cursos de formação inicial (Dellazari, 2009;Zuin, 2010;Lopes, 2012;Tavares Júnior, 2012;Braga, 2013;Fonseca, 2013;Guedes, 2013;Silva, 2014;F. Souza, 2013;Podewils, 2014;Aversi, 2015;Modesto, 2016;Schmitt, 2016); e compreensão sobre as diretrizes curriculares nacionais e políticas de EA por parte dos envolvidos na formação de professores, com base nas legislações, buscando identificar o perfil do profissional que está sendo formado (Tavares, 2009;Paula, 2016).…”

“…Destacou-se também que a dimensão ambiental encontra-se infimamente inserida no projeto pedagógico (Lopes, 2012;Silva, 2014); assim, os projetos político-pedagógicos são apontados como frágeis em relação à EA, ou seja, um ponto de alerta para as futuras pesquisas (Aversi, 2015). Ademais, a disciplina EA, embora não constitua uma situação ideal, é um avanço para a inserção do tema no curso; no entanto, alerta-se que apenas uma disciplina não consegue desenvolver atitudes condizentes com os princípios propostos pela EA crítica e emancipatória (Tavares Júnior, 2012). Apontou-se, ainda, haver grande dificuldade para o trabalho interdisciplinar entre os próprios professores das disciplinas do núcleo de formação pedagógica (Tavares Júnior, 2012); nesse sentido, para que EA possa ser trabalhada, será necessária uma mudança de postura em relação à interação entre os docentes, visto que a interdisciplinaridade é basilar.…”

“…Ademais, a disciplina EA, embora não constitua uma situação ideal, é um avanço para a inserção do tema no curso; no entanto, alerta-se que apenas uma disciplina não consegue desenvolver atitudes condizentes com os princípios propostos pela EA crítica e emancipatória (Tavares Júnior, 2012). Apontou-se, ainda, haver grande dificuldade para o trabalho interdisciplinar entre os próprios professores das disciplinas do núcleo de formação pedagógica (Tavares Júnior, 2012); nesse sentido, para que EA possa ser trabalhada, será necessária uma mudança de postura em relação à interação entre os docentes, visto que a interdisciplinaridade é basilar. Por fim, relatou-se a continuidade de apresentação de diferentes propostas para trabalhar com as temáticas ambientais na formação inicial, que tiveram resultados positivos na aplicação das produções.…”