Na primeira parte da obra realizam-se uma análise histórico-política do conceito de Regiões Ultraperiféricas Europeias, uma metamorfose linguística associada a uma análise filosófica de um neologismo conceptual – o conceito de cidadania pleniférica - e uma experiência de expansão ontológica do conceito de ultraperiferia do restrito âmbito europeu para o âmbito mundial.
A segunda parte da obra aborda uma caraterística intrínseca das regiões ultraperiféricas portuguesas: a autonomia. A partir de localizações geográficas diferentes (Açores e Madeira), mas transmitindo pontos de vista comparáveis, os autores que estudam a autonomia assumem posições convergentes sobre os processo de autonomização e integração.
A terceira parte da obra aborda os grandes temas da produção e a reprodução da ultraperiferia. Produção, no sentido dos processos de influência interna e internacional dos órgãos das regiões ultraperiféricas perante o poder nacional e perante os poderes europeus com vista à definição dos contornos do seu estatuto, com vista à ampliação dos seus direitos.
A parte quarta da obra configura um exercício prático de avaliação da importância geoestratégica das RUPs, e muito particularmente dos Açores, para a segurança europeia, numa perspetiva histórica que não ofusca uma abordagem crítica do momento atual de guerra na Europa. A encerrar, uma perspetiva sobre o futuro da União Europeia no plano interno e mundial.