Abstract:Neste ano, a revista Ensaio: Pesquisa em Educação em Ciências comemora seus primeiros dez anos de presença no cenário nacional. Agradecemos a todos os colaboradores, autores, árbitros, comitê científico pelo empenho para consolidação e a FAPEMIG, que não podemos deixar de destacar, pelo precioso apoio financeiro de nosso periódico. A ampliação de nossos colaboradores na América Latina e a
“…Os monstros estão por toda parte, não é de hoje. Os encontramos desde os imaginários mitológicos das Metamorfoses (Ovídio 2003), no folclore brasileiro (Cascudo 1983), nos campos da ciência e das culturas populares (Del Piore 2000; Moraes 2005), das artes (Thomson 1997;Nazário 1998;Jeha 2009; Rocha 2016b), nos espaços museológicos e circense (Dias 1996;Rocha 2007); também invadiram a filosofia (Gil 1997;Silva 2000), a história (Bologna 1997;Courtine 1995;2008a;2008b), os estudos de fisiognomia medieval e moderna (Baltrusaitis 1999;Rumsey 1997); enfim, eles habitam as mais variadas paisagens (Thomson 1996 Stocker, em 1897. No entanto, antes de provocar sentimentos de horror e medo, esses corpos extraordinários nos convidam a pensar sobre o sentido das fronteiras (ou a falta delas) entre o humano e o animal, a natureza e a cultura, a ciência e a religião, enfim, o normal e o patológico, como farão as ciências naturais e/ou médicas da época (Rocque & Teixeira 2001).…”
A percepção do corpo como sujeito da cultura acentuou-se na modernidade. Haja vista a relação do corpo com a cidade, ora servindo de modelo à cidade, ora a cidade parece interferir na composição dos corpos de seus habitantes. Em meio a essa relação morfológica, os corpos extraordinários ocupam um lugar privilegiado no imaginário científico e artístico-popular desde fins do século XVIII. Esse texto tem como objetivo delinear a “paisagem corporal” exibida a partir da industria da diversão e da “cultura dos músculos” nas sociedades anglo-saxã entre os anos de 1840-1940. Destaca-se, então, os corpos extraordinários que se mostram em excesso: de um lado, os corpos apolíneos à exemplo dos bodybuilders (ginastas, fisioculturistas, atletas etc); do outro lado, aqueles classificados como “freaks” (aberrações humanas) considerados “monstruosidades”. O circo, em especial, se revela uma “cultura extraordinária” na qual se dramatiza a constituição de uma singular paisagem corporal na América.
“…Os monstros estão por toda parte, não é de hoje. Os encontramos desde os imaginários mitológicos das Metamorfoses (Ovídio 2003), no folclore brasileiro (Cascudo 1983), nos campos da ciência e das culturas populares (Del Piore 2000; Moraes 2005), das artes (Thomson 1997;Nazário 1998;Jeha 2009; Rocha 2016b), nos espaços museológicos e circense (Dias 1996;Rocha 2007); também invadiram a filosofia (Gil 1997;Silva 2000), a história (Bologna 1997;Courtine 1995;2008a;2008b), os estudos de fisiognomia medieval e moderna (Baltrusaitis 1999;Rumsey 1997); enfim, eles habitam as mais variadas paisagens (Thomson 1996 Stocker, em 1897. No entanto, antes de provocar sentimentos de horror e medo, esses corpos extraordinários nos convidam a pensar sobre o sentido das fronteiras (ou a falta delas) entre o humano e o animal, a natureza e a cultura, a ciência e a religião, enfim, o normal e o patológico, como farão as ciências naturais e/ou médicas da época (Rocque & Teixeira 2001).…”
A percepção do corpo como sujeito da cultura acentuou-se na modernidade. Haja vista a relação do corpo com a cidade, ora servindo de modelo à cidade, ora a cidade parece interferir na composição dos corpos de seus habitantes. Em meio a essa relação morfológica, os corpos extraordinários ocupam um lugar privilegiado no imaginário científico e artístico-popular desde fins do século XVIII. Esse texto tem como objetivo delinear a “paisagem corporal” exibida a partir da industria da diversão e da “cultura dos músculos” nas sociedades anglo-saxã entre os anos de 1840-1940. Destaca-se, então, os corpos extraordinários que se mostram em excesso: de um lado, os corpos apolíneos à exemplo dos bodybuilders (ginastas, fisioculturistas, atletas etc); do outro lado, aqueles classificados como “freaks” (aberrações humanas) considerados “monstruosidades”. O circo, em especial, se revela uma “cultura extraordinária” na qual se dramatiza a constituição de uma singular paisagem corporal na América.
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