Abstract:do. 2007. Ecolingüística. Estudo das relações entre língua e meio ambiente. Brasília: Thesaurus Editora www.thesaurus.com.br ISBN 9788570 626035, 462p.Auspiciosa a publicação desta obra pioneira em língua portuguesa sobre uma área interdisciplinar que merece um lugar no sol no currículo de nossos Programas de Pós-Graduação. Seu autor fez mestrado na USP, doutorado na Universidade de Colônia (Alemanha) e estágio pós-doutoral na City University of New York. Versátil, Couto já era conhecido, entre nós e no exteri… Show more
“…A troca de matéria, energia e informações, além do fluxo de interações e contatos com os ecossistemas do entorno é possibilitada pela porosidade ou abertura dos ecossistemas. A visão da totalidade, para Couto (2007), pode ser entendida como holismo. O último aspecto é a visão a longo prazo pois é através dela que se consegue perceber as consequências dos atos e assim adotar um posicionamento sustentável.…”
Section: Política Paisagem E Ecolinguística Como Tripé Fundamental Pa...unclassified
“…O Meio Ambiente (MA) social da língua, é formatado pelos membros de uma população, organizados socialmente; o corpo físico e o cérebro (onde se desenvolvem os processos mentais da língua) são o MA mental; as pessoas convivendo em um espaço geográfico, interação povo-território, formam o MA natural da língua. Para Couto (2007), o núcleo da linguagem é a interação que se passa por meio da Ecologia da Interação Comunicativa (EIC), sendo que essa se constitui por um falante, um ouvinte, um assunto, um conjunto de regras (interacionais, sistêmicas, comunhão). É válido reforçar, nesse contexto, que a interação é um dos conceitos mais importantes para um estudo ecológico de qualquer tipo, pois o ecossistema é constituído pelo conjunto das interações entre os seres vivos com o seu meio ambiente, formalizando uma base conceitual para os estudos linguísticos que se fundamentam na Ecolinguística.…”
Section: Política Paisagem E Ecolinguística Como Tripé Fundamental Pa...unclassified
“…A porosidade dos ecossistemas linguísticos marca a não delimitação nítida, "no mundo real, o que há é um continuum, justamente devido ao fato de que tudo no mundo está de alguma forma inter-relacionado" (COUTO, 2007, p. 34). Ainda em Couto (2007), o autor exemplifica essa relação citando que os biomas de floresta, tundra e taiga não se dividem por barreiras, o que ocorre é uma transição gradativa que vai se tornando cada vez mais nítida à medida que se adentra nestas áreas.…”
Section: Discussão Dos Dadosunclassified
“…O estudo mostra a necessidade de entendimento da língua através de seus "encaixamentos" -termo que Couto (2007) utiliza para explicar que organismos mais simples formam encadeamentos com regulações até a formação de um ecossistema. Do mesmo modo que a célula está contida em organismos pluricelulares que formam ninhos, colônias, populações e todo contexto macro, as línguas centrais (ou oficiais) também aglutinam línguas periféricas, que são faladas por outros pessoas, possuindo culturas distintas, estando ou não em uma mesma região, formando comunidades de fala, que formam comunidades de línguas e seu Ecossistema Integral da Língua, as quais aglutinam espaços geográficos, podendo ser limítrofes a outras nações, e encontram outras línguas (periféricas ou centrais).…”
Este trabalho objetiva apresentar o mapeamento dos escritos públicos presentes no panorama franco-brasileiro como resultado da investigação de como e se a paisagem linguística da fronteira expõe as estratégias político-linguísticas que são adotadas pelos falantes de Português e Francês em contato na região e como estas estratégias operam na modelagem da ecologia linguística. Além disso, o trabalho visa classificar e categorizar os escritos públicos de Oiapoque e elaborar um cenário dessas políticas in vitro e in vivo. As análises propostas são realizadas sob as perspectivas teórico-metodológicas provenientes das discussõe Ecolinguísticas de Haugen (1972), Couto (2002-2018), Albuquerque (2020), associadas às proposições sobre Política Linguística de Calvet (1996 -2002), Savedra e Lagares (2012), Spolsky (2016), bem como sobre a constituição do meio ambiente enquanto espaço que reflete as dinâmicas linguísticas, com as abordagens sobre a Paisagem Linguística de Shohamy e Gorter (2009) que são fundamentais para o entendimento sobre os ecossistemas e suas espécies linguísticas. É um trabalho de cunho quanti-qualitativo e descritivo efetivado a partir da coleta imagética dos usos da língua francesa no lócus da pesquisa. De modo geral, percebeu-se que a paisagem linguística é por si só uma das estratégias de interação comunicativa ilustrando os usos cotidianos das línguas no ecossistema. Observou-se ainda que as placas tendem a ser o marco referencial dessas estratégias; é uma paisagem plurilinguística, concentrada, principalmente, na parte central da cidade e tende a ser oriunda de acordos pessoais, com finalidade informativa e com característica local, refletindo o bilinguismo endêmico da região.
“…A troca de matéria, energia e informações, além do fluxo de interações e contatos com os ecossistemas do entorno é possibilitada pela porosidade ou abertura dos ecossistemas. A visão da totalidade, para Couto (2007), pode ser entendida como holismo. O último aspecto é a visão a longo prazo pois é através dela que se consegue perceber as consequências dos atos e assim adotar um posicionamento sustentável.…”
Section: Política Paisagem E Ecolinguística Como Tripé Fundamental Pa...unclassified
“…O Meio Ambiente (MA) social da língua, é formatado pelos membros de uma população, organizados socialmente; o corpo físico e o cérebro (onde se desenvolvem os processos mentais da língua) são o MA mental; as pessoas convivendo em um espaço geográfico, interação povo-território, formam o MA natural da língua. Para Couto (2007), o núcleo da linguagem é a interação que se passa por meio da Ecologia da Interação Comunicativa (EIC), sendo que essa se constitui por um falante, um ouvinte, um assunto, um conjunto de regras (interacionais, sistêmicas, comunhão). É válido reforçar, nesse contexto, que a interação é um dos conceitos mais importantes para um estudo ecológico de qualquer tipo, pois o ecossistema é constituído pelo conjunto das interações entre os seres vivos com o seu meio ambiente, formalizando uma base conceitual para os estudos linguísticos que se fundamentam na Ecolinguística.…”
Section: Política Paisagem E Ecolinguística Como Tripé Fundamental Pa...unclassified
“…A porosidade dos ecossistemas linguísticos marca a não delimitação nítida, "no mundo real, o que há é um continuum, justamente devido ao fato de que tudo no mundo está de alguma forma inter-relacionado" (COUTO, 2007, p. 34). Ainda em Couto (2007), o autor exemplifica essa relação citando que os biomas de floresta, tundra e taiga não se dividem por barreiras, o que ocorre é uma transição gradativa que vai se tornando cada vez mais nítida à medida que se adentra nestas áreas.…”
Section: Discussão Dos Dadosunclassified
“…O estudo mostra a necessidade de entendimento da língua através de seus "encaixamentos" -termo que Couto (2007) utiliza para explicar que organismos mais simples formam encadeamentos com regulações até a formação de um ecossistema. Do mesmo modo que a célula está contida em organismos pluricelulares que formam ninhos, colônias, populações e todo contexto macro, as línguas centrais (ou oficiais) também aglutinam línguas periféricas, que são faladas por outros pessoas, possuindo culturas distintas, estando ou não em uma mesma região, formando comunidades de fala, que formam comunidades de línguas e seu Ecossistema Integral da Língua, as quais aglutinam espaços geográficos, podendo ser limítrofes a outras nações, e encontram outras línguas (periféricas ou centrais).…”
Este trabalho objetiva apresentar o mapeamento dos escritos públicos presentes no panorama franco-brasileiro como resultado da investigação de como e se a paisagem linguística da fronteira expõe as estratégias político-linguísticas que são adotadas pelos falantes de Português e Francês em contato na região e como estas estratégias operam na modelagem da ecologia linguística. Além disso, o trabalho visa classificar e categorizar os escritos públicos de Oiapoque e elaborar um cenário dessas políticas in vitro e in vivo. As análises propostas são realizadas sob as perspectivas teórico-metodológicas provenientes das discussõe Ecolinguísticas de Haugen (1972), Couto (2002-2018), Albuquerque (2020), associadas às proposições sobre Política Linguística de Calvet (1996 -2002), Savedra e Lagares (2012), Spolsky (2016), bem como sobre a constituição do meio ambiente enquanto espaço que reflete as dinâmicas linguísticas, com as abordagens sobre a Paisagem Linguística de Shohamy e Gorter (2009) que são fundamentais para o entendimento sobre os ecossistemas e suas espécies linguísticas. É um trabalho de cunho quanti-qualitativo e descritivo efetivado a partir da coleta imagética dos usos da língua francesa no lócus da pesquisa. De modo geral, percebeu-se que a paisagem linguística é por si só uma das estratégias de interação comunicativa ilustrando os usos cotidianos das línguas no ecossistema. Observou-se ainda que as placas tendem a ser o marco referencial dessas estratégias; é uma paisagem plurilinguística, concentrada, principalmente, na parte central da cidade e tende a ser oriunda de acordos pessoais, com finalidade informativa e com característica local, refletindo o bilinguismo endêmico da região.
“…Para este estudo, a categoria que foi selecionada para a coleta dos topônimos foi a de 'município'. Nesse caso, tem-se o estudo daquilo que Couto (2007) denomina 'macrotoponímia'. Esta engloba acidentes geográficos e entes político-administrativos de maior porte, destacando-se diametralmente da microtoponímia, que estuda a nomeação dos lugares/acidentes de menor porte.…”
O artigo apresenta um levantamento completo das toponímias capixabas em nível municipal. Traz uma caracterização, dentre outros pontos, de quantas e quais são as taxonomias de topônimos dos municípios do Espírito Santo. Abrange todas as origens linguísticas que os topônimos municipais podem ter, bem como apresenta quais taxonomias predominam, segundo o modelo proposto por Dick (1992). Verifica ainda se essas taxonomias estão distribuídas conforme algum padrão regional e temporal de organização. Para além, de forma inédita para o estado, trata do uso de topônimos auxiliares na escala municipal e ainda lida com a questão das diferenças entre os usos oficiais e popularmente consagrados entre a população.
Há muitas pessoas que contribuíram para a realização deste trabalho. Gostaria de agradecer, primeiramente, a todas as mulheres e homens que, com suas vozes, espalham poesia pelo nosso país. Agradeço também ao meu orientador, o Prof. Dr. Paulo Teixeira Iumatti, por me acompanhar nesta jornada cordelística desde a graduação até a concretização do mestrado. Ressalto também o apoio da Bolsa CAPES, que foi fundamental para a realização da pesquisa aqui apresentada.Na esfera acadêmica, sou muito grata ao professor Michel Riaudel pela sua coordenação durante os meus estudos de iniciação científica na Universidade de Poitiers (França), assim como por suas contribuições durante o Exame de Qualificação. Agradeço, igualmente, ao professor Jaime Tadeu Oliva, por sua leitura atenta e todas as valiosas colocações feitas ao longo desse mesmo exame, bem como na defesa do mestrado. Estendo esse agradecimento à professora Francisca Pereira dos Santos, que eu tive a sorte de encontrar nos caminhos da poesia, assim como a querida professora
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