E quando a experiência vira campo? Reflexões a partir da observação participante nas ocupações secundaristas

Abstract

Este trabalho é resultado do campo de pesquisa que orientou a dissertação de Mestrado, intitulada Ocupar e resistir: as ocupações das escolas públicas como parte do ciclo atual de mobilização juvenil no Brasil. *** O relato foi organizado com base em excertos do trabalho de campo e tem como objetivo tratar dessa "entrada" da pesquisadora "no campo". Baseia-se na experiência da pesquisadora como participante que apoiava o movimento de ocupações e que, posteriormente, tornou-se tema de estudo. A óptica de análise da presente pesquisa pode ser descrita como a "participação observante", em uma referência direta a Wacquant (2002) e tem como objetivo abordar o tema a partir da metodologia qualitativa, como uma construção significativa em que o corpo constitui parte importante no desenvolvimento do campo de pesquisa. Palavras-chave: Juventude. Movimentos sociais. Trabalho de campo.

O desenvolvimento de estudantes ativos na aprendizagem de Ciências e Geografia no período de ensino remoto

“…Utilizou-se a observação participante, possibilitando a integração entre o observador e a sua observação (Pacheco;Sallas, 2019), além de entrevistas com os alunos envolvidos que foram analisadas por meio da técnica de codificação, que trata-se de uma forma de indexar e categorizar o texto para estabelecer uma estrutura de ideias temáticas em relação a ele (Marconi;Lakatos, 2017).…”

Ocupações secundaristas e engajamento: os caminhos da atuação política juvenil

“…Há também uma quantidade significativa de artigos que citam o tema brevemente, apenas a título de exemplificação, como aqueles que discutem o crescimento da truculência por parte do Estado, citando, por exemplo, o caso de uma medida judicial que autorizava a polícia a praticar aquilo que muitos analistas consideraram como sendo tecnicas de tortura contra os estudantes, em uma escola no Distrito Federal (Matos;Souza, 2017). Dois temas apareceram apenas uma vez, mas foram agrupados em categorias próprias devido a importância para essa pesquisa: uma discussão mais específica da metodologia, na qual a autora descreve como se deu o trabalho de campo junto às ocupações (Pacheco;Sallas, 2020), e a influência do ensino de sociologia no ensino médio (Junqueira, 2017); sendo essa influência uma das hipóteses iniciais deste trabalho, mas que, a partir das entrevistas realizadas, acabou não aparecendo nas falas dos estudantes como um importante meio pelo qual se dá a socialização política.…”