“…O que se pode atribuir ao gargalo dos custos das revistas, que, mesmo eletrônicas, terminam sendo caras pelo valor do trabalho dos envolvidos -o que inclui, hoje, as aplicações tecnológicas necessárias (indexação, marcação XML, manutenção das páginas dos periódicos) -, mas também a um certo produtivismo (não nos podemos enganar), que tende a ser exacerbado sem a imposição de alguns limites. Nessa lógica, faz sentido supor que artigos mais densos caminhariam para serem parte de livros, até mesmo parte de coletâneas, as quais seguem sendo muito utilizadas no nosso campo, a despeito das muitas críticas feitas à falta de projetos editoriais de muitas delas (Slemian;Franco, 2022). Um sintoma disso está no fato de ser comum, ultimamente, que as coletâneas adotem um formato de artigo utilizado pelas revistas, mais curto e enxuto, sem propriamente estabelecerem um modelo diferenciado que justifique a sua existência como livros.…”