“É Muita Falta De Imaginação”: Uma Reflexão Antropológica Sobre a (Neo)materialização Do Sexo E Do Estado a Partir De Processos Jurídicos De Retificação De Nome Civil E De Gênero Em Porto Alegre/Rs

Besen, Lucas Riboli

doi:10.22533/at.ed.0932113013

Cited by 1 publication

(2 citation statements)

References 0 publications

Supporting

Mentioning

Contrasting

Unclassified

Order By: Relevance

“…A possibilidade de uso do nome social se atrela a outras demandas históricas dos movimentos e ativismos trans*, principalmente no que se refere a despatologização dessas identidades de gênero. Até 2018, a alteração no registro civil era permitida apenas pela via judicial, que comumente exigia a apresentação de laudos médicos que, por exemplo, atestassem a realização de determinadas cirurgias (BESEN, 2018). Conforme pontua Besen (2018), a alteração no registro civil de pessoas trans* por via judicial comumente exigia laudos psicológicos e psiquiátricos que atestassem a chamada "disforia de gênero" nas pessoas solicitantes.…”

Section: Do Nome Social àS Políticas Afirmativasunclassified

“…Até 2018, a alteração no registro civil era permitida apenas pela via judicial, que comumente exigia a apresentação de laudos médicos que, por exemplo, atestassem a realização de determinadas cirurgias (BESEN, 2018). Conforme pontua Besen (2018), a alteração no registro civil de pessoas trans* por via judicial comumente exigia laudos psicológicos e psiquiátricos que atestassem a chamada "disforia de gênero" nas pessoas solicitantes. A "disforia de gênero" é uma categoria médica que busca descrever uma denominada "condição" de desconforto persistente com características sexuais ou marcas de gênero que remetam ao gênero atribuído ao nascer 63 .…”

Section: Do Nome Social àS Políticas Afirmativasunclassified

See 1 more Smart Citation

Existe 'universidade' em pajubá?

Dezembro Iazzetti

View full text Add to dashboard Cite

Essas são palavras tanto iniciais quanto finais. Escrevo-as logo após encerrar um importante ciclo dessa pesquisa, com a defesa dessa dissertação. Acredito, com isso, que elas tragam algumas das idas e vindas desse percursodesse projeto de conhecimento. Começos que são finais, e vice-versa, e temporalidades distintas que parecem tão lineares no papel, em meio ao alívio e a imensa alegria, e também a exaustão, de um trabalho de algum modo concluído, e da sensação de dever cumprido. Em certo momento antes daqui (mas depois, no papel) escrevi sobre "nós"um emaranhado de nós que nos interpela e nos constitui, e esse "nós" é também um nós que co/produziu essa pesquisa, em meio a percursos e percalços. É um "nós" que atravessa a vida dessa pessoa que, também em certo momento do/s tempo/s, digita no computador essas palavras em junho de 2021, no seu quarto/escritório, em algum dia ensolarado, ou talvez nublado, no interior de São Paulo.Primeiramente, agradeço, com muito carinho, as Professoras Regina Facchini e Isadora Lins França pelas orientações de ontem e hoje. Foi uma honra ter a oportunidade de aprender com vocês nesses quatro anos, das conversas casuais de corredor às reuniões com hora marcada. Muito obrigada.Agradeço a cuidadosa banca de defesa, composta pela Professora Flávia Rios e pelo Professor Rodrigo Toniol, também presentes na banca de qualificação, e pelas Doutoras Amara Moira e Gleicy Mailly da Silvaquatro pessoas tão importantes nessa trajetória pessoal e intelectual. Espero ter de algum modo respondido aos comentários e sugestões promovidas durante a qualificação e a defesa nessa versão final.Essa pesquisa também não seria possível sem o suporte financeiro promovido pela bolsa de mestrado da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) (Processo 2019/06630-2) e, anteriormente, pelo apoio da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior -Brasil), Código de Financiamento 001. Ainda na graduação, as pesquisas de iniciação científica foram financiadas pelo PIBIC/CNPq. Mais do que uma formalidade, almejo com isso que outras pessoas trans* tenham a possibilidade de terem suas pesquisas devidamente financiadas, também nos próximos anos, em meio a um cenário tão temeroso que vivemos nesse âmbito.Nesse ciclo que se fechamas também abre outros, e re/faz o que já parecia feitore/visito algumas memórias. Desde o começo da graduação tive a oportunidade de encontrar docentes inspiradoras em sala de aula. Me formar em ciências sociais na UNICAMP me levou, desde a graduação, a alguns caminhos in/disciplinares que posteriormente se desenrolaram na presente pesquisa, com aulas na história, filosofia, linguística, midialogia, economia, geografia e, no interior das ciências sociais, sociologia, antropologia, ciência política e demografia. E eu, que achava que ia ser arquiteta, para então querer ser artista visual, e acabar virando cientista social, sinto que escolhi o curso certo para essas descobertas. Agradeço às e aos docentes

show abstract

Section: Do Nome Social àS Políticas Afirmativasunclassified

Existe 'universidade' em pajubá?

Dezembro Iazzetti

View full text Add to dashboard Cite

show abstract

“É Muita Falta De Imaginação”: Uma Reflexão Antropológica Sobre a (Neo)materialização Do Sexo E Do Estado a Partir De Processos Jurídicos De Retificação De Nome Civil E De Gênero Em Porto Alegre/Rs

Cited by 1 publication

References 0 publications

Existe 'universidade' em pajubá?

Existe 'universidade' em pajubá?

Contact Info

Product

Resources

About