Duodeno-Jejunite Proximal E Pleuropneumonia Em Um Equino – Relato De Caso

Abstract

RESUMOO transporte pode predispor a diversas afecções, entre estas a duodeno-jejunite proximal. A duodeno-jejunite proximal é uma afecção grave que pode ocasionar endotoxemia, síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS), e sepse. O comprometimento dos mecanismos de defesa pulmonar pode resultar em pleuropneumonia. O objetivo desse trabalho é relatar um caso de Duodeno-jejunite proximal pelo transporte longo de um equino, que resultou em Pleuropneumonia, o qual sobreviveu pela correta constatação e intervenção das enfermidades. O animal chegou ao Hospital Veterinário da UEM com histórico de transporte longo e sinais de duodeno-jejunite proximal. Após 14 horas de tratamento intensivo o animal apresentou síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS), que resultou em sepse e o desenvolvimento de pleuropneumonia bacteriana. Portanto, sendo também medicado para esta enfermidade, e monitorado por exames ultrassonográficos diários, constatando-se o aumento de líquido acompanhado de dispneia, no terceiro dia. Por isso, optou-se pela drenagem do líquido pleural com trocater. Após 20 dias, os valores de fibrinogênio e leucograma estavam normais, assim o animal recebeu alta. Neste caso, a duodeno-jejunite proximal levou a distúrbios sistêmicos que causaram a pleuropneumonia. Estas afecções possuem prognóstico reservado ao ocorrem separadas, e sombrio juntas. Assim, destaca-se o correto monitoramento e intervenções assertivas como fatores determinantes na sobrevivência deste animal. PALAVRAS-CHAVE: Cólica; Efusão pleural; Síndrome da resposta inflamatória sistêmica.

Pleuropneumonia associada a transporte em equino Quarto de Milha: Relato de caso

“…Considerando o quadro clínico do paciente e os microrganismos mais prevalentes nas pleuropneumonias, a terapia antimicrobiana inicial foi a associação de penicilina e amicacina, juntamente com o uso de anti-inflamatório não-esteroidal, mucolítico e terapia de suporte. A escolha antimicrobiana foi pautada na literatura, onde se preconiza o uso de penicilinas e aminoglicosídeos como fármacos de primeira escolha, antes do resultado do cultivo e antibiograma (Arroyo et al, 2017;Davis, 2018;Dias et al, 2017;Machado et al 2022). Além disso, como o animal havia sido tratado anteriormente com ceftiofur, gentamicina e metronidazol, sem pleno sucesso, decidiu-se por outros princípios ativos que atuassem contra as bactérias gram positivas e negativas mais prevalentes.…”

“…Na terapia de suporte, foi utilizado mucolítico, para redução das secreções respiratórias, suplementos (vitaminas, aminoácidos, minerais e oligoelementos) para auxilio nutricional e controle da anemia, e omeprazol, para controle ou prevenção de gastrite ou ulceração gástrica (Melo, 2021;Zielinski et al, 2018), decorrente do uso de medicamentos e do estresse do confinamento em baia e da doença primária (Veronezi, 2007). A fluido terapia associada aos complexos vitamínicos energéticos ajudam a manter o animal hidratado, uma vez que animais com pleuropneumonia tendem a ficar hipovolêmicos e debilitados nutricionalmente (Dias et al, 2017;Tomlinson et al, 2015).…”

“…A ocorrência de recidivas, durante ou após o tratamento, foi descrita por Santos (2022) e Zielinki et al (2018, mas não ocorreu durante a terapia hospitalar e não foi relatado após a alta médica do paciente. A incidência de recidiva tende a ser decorrente da resistência bacteriana aos antimicrobianos utilizados, e aos fatores de risco que levaram ao desenvolvimento da enfermidade (Dias et al, 2017;Davis, 2018;Hilgert, 2021).…”