“…Para responder a essa questão é preciso passar pela compreensão de que maneira a língua se insinua na carne e no corpo dos indivíduos até que modifique a percepção, o vivido e a compreensão de uma situação. Para isso, é preciso, em um primeiro momento, existir uma produção de expressões prontas, de slogans, de estereótipos, de imagens exemplares, de formas sintáticas específicas e de neologismos que constituirão o substrato dessa linguagem e participarão da criação de um imaginário social (Le Goff, 1985 ;Dejours, 2001 ;Dejours, 2017 ;Gernet, 2017). Esse trabalho de produção tem sua fonte nos departamentos de comunicação e nos conselhos de comunicação das empresas e instituições, com a ajuda dos "Think Tank" de todos os tipos, os "spin doctors" dos partidos políticos ou ainda as produções da indústria cultural -filmes, programas de televisão, livros, etc.…”