Drenagem Endoscópica Transmural Ecoguiada De Coleção Peripancreática Pós-Operatória

Abstract

Ierardi Ribeiro;. DRENAGEM ENDOSCÓPICA TRANSMURAL ECOGUIADA DE COLEÇÃO PERIPANCREÁTICA PÓS-OPERATÓRIA. ABCDExpress. 2017;1(2):610.Instituição: MULTIGASTRO INTRODUÇÃO As coleções fluidas pós-operatórias são uma complicação bem reconhecida após ressecções pancreáticas, encontradas em até 40% dos casos, e podem levar ao aumento da mortalidade e do tempo de internação hospitalar. A fístula pancreática é uma das suas principais causas. Embora a maioria das CFP pós pancreatectomia distal sejam manejadas conservadoramente, cerca de 40% dos casos necessitam de intervenções adicionais. A drenagem endoscópica é uma modalidade consagrada para o tratamento das PFC que surgem como uma complicação da pancreatite aguda ou crônica com altas taxas de sucesso. No entanto, seu uso para tratamento das CFP pós pancreatectomia é pouco relatado, apesar do potencial para drenagem efetiva e rápida recuperação. OBJETIVO Demonstrar uma drenagem endoscópica ecoguiada para o tratamento de uma coleção fluida peripancreática infectada pós-operatória. MÉTODO Mulher, 51 anos de idade, no 28o dia após pancreatectomia corpo-caudal por um IPMN de ducto principal, evoluindo com febre e dor abdominal. Tomografia computadorizada (TC) revelou coleção líquida adjacente ao sítio cirúrgico, medindo 4.4x4cm, em íntimo contato com a parede posterior do corpo gástrico. Foi submetida a tratamento clínico (antibioticoterapia) sem sucesso. Paciente em decúbito dorsal, intubação orotraqueal, sob anestesia geral. CFP identificada com ecoendoscópio setorial (frequência de 5-10MHz), que se mostrou Doppler negativa. Realizada punção transgástrica com agulha 19G e posterior inserção de fio guia teflonado 0.0035-inch sob fluoroscopia. Procedida ampliação do trajeto através de cistótomo 10Fr, seguida de liberação de prótese metálica autoexpansível totalmente recoberta (60x10mm) com drenagem de moderada quantidade de pus, sem intercorrências. RESULTADO Alta hospitalar após 3 dias com antibioticoterapia e sonda naso-enteral(SNE). No 7o DPO realizou EDA para remoção da prótese e debridamento endoscópico da cavidade com exaustiva lavagem, ocasião onde teve a dieta oral reintroduzida. No 14o e 21o DPO repetiu o procedimento de debridamento associado lavagem da cavidade, sendo precedido por dilatação do trajeto na parede gástrica com balão hidrostático de 10mm. Após 5 semanas realizou TC controle que revelou regressão completa da coleção/cavidade. CONCLUSÃO A drenagem endoscópica ecoguiada para tratamento das CFP's pós pancreatectomia é uma modalidade factível, segura e eficaz, além de demandar menor tempo de internação hospitalar e ser minimamente invasiva. ABCDExpress 2017;1(2):610Codigo: 63675 Acesso está disponível em www.revistaabcd.com.br e www.sbad2017.com.br Acesso pelo