This paper aims to examine the use of the term Silua to name a short poetic composition, of laudatory tone and spontaneous character, from Statius' five books to the learned encomia by Angelo Poliziano. Based on some considerations on the uses of the term in Antiquity, in Varro, Quintilian and Suetonius, we aim to discuss the characteristics of Statius' Siluae as reworked by Poliziano. Finally, the continuity and metamorphosis of the term in the poetic field in other vernacular languages is demonstrated through Quevedo's Silvas.Keywords: Silvae, Statius, Angelo Poliziano, Quevedo.
ResumenEste trabajo tiene por objetivo observar el uso del término Silva para nombrar una composición poética corta, de tono laudatorio y de carácter espontáneo, desde los cinco libros de Estácio hasta los encómitos eruditos de Angelo Poliziano. A partir de la consideración de algunos de sus empleos en la Antigüedad, en Varrón, Quintiliano y Suetonio, se pretende discutir las características de las Siluae de Estacio conforme recuperadas por Poliziano; finalmente, se apunta a la continuidad y metamorfosis del término en la producción poética en lenguas vernáculas, a través de las Silvas de Quevedo.
Palabras claves:Silvas, Estácio, Angelo Poliziano, Quevedo.
ResumoEste trabalho tem por objetivo observar o uso do termo Silua para nomear uma composição poética curta, de tom laudatório e de caráter espontâneo, desde os cinco livros de Estácio até os encômios eruditos de Angelo Poliziano. A partir da consideração de alguns dos seus empregos na Antiguidade, em Varrão, Quintiliano e Suetônio, pretende-se discutir as características das Siluae de Estácio conforme recuperadas por Poliziano; por fim, aponta-se para a continuidade e metamorfose do termo na produção poética em línguas vernáculas, através das Silvas de Quevedo.
Palavras-chave:
Retirado en la paz de estos desiertos con pocos, pero doctos libros juntos, vivo en conversación con los difuntos, y escucho con mis ojos a los muertos. (QUEVEDO, Desde la torre, c. 1637)De Públio Papínio Estácio, poeta latino do primeiro século de nossa era, temos três obras: a épica Tebaida, a inacabada Aquileida e um conjunto de poemas de mais difícil definição. As Siluae, de Estácio, são uma coleção composta por trinta e dois poemas de curta e média extensão, normalmente categorizados como poesia de ocasião. Assim como outros autores do mesmo período, Estácio tem-se beneficiado de estudos que tendem a rever as posições tradicionais da crítica histórica e literária em relação ao governo de Domiciano, por um lado, e à produção literária do período, por outro, levados a cabo em especial a partir da década de sessenta do século XX. 1Podem-se considerar duas obras como essenciais neste processo, do ponto de vista da crítica literária. Em 1965, o pesquisador alemão Hubert Cancik deu início a um novo capítulo na história da fortuna crítica de Estácio, em geral, e das Siluae, em particular, com uma monografia em que investiga as origens retóricas do que ele considera os dois principais obstáculos à apreci...