Doenças infectocontagiosas em indivíduos privados de liberdade

Abstract

Introdução: A saúde no sistema penitenciário brasileiro possui como um dos seus agravos o aumento das doenças infectocontagiosas. Objetivo: Descrever a prevalência de doenças infectocontagiosas em indivíduos privados de liberdade em um presídio regional do semiárido baiano. Métodos: Estudo de prevalência, exploratório, realizado em um presídio regional do semiárido baiano, de junho a agosto de 2019. Coletaram-se informações sociodemográficas, a prevalência de doenças infectocontagiosas e a notificação compulsória. A coleta de dados foi realizada por meio de formulário com os registros dos prontuários. A estatística descritiva foi empregada para descrever as variáveis categóricas (%). Resultados: Em um total de 326 prontuários de detentos, 80,1% foram do sexo masculino e 19,9% do feminino, verificou-se uma elevada prevalência de tuberculose 28,8%, sífilis e hepatite B com taxas de 7,1%, o vírus da imunodeficiência Humana (HIV) representou 7,4%, as maiores prevalências foram entre as mulheres. A notificação compulsória das doenças encontradas representou 63,3%. Conclusão: As doenças infectocontagiosas com as maiores prevalências encontradas foram: tuberculose, sífilis, hepatite B e HIV. O perfil socioeconômico encontrado é de detentos jovens, negros e com baixa escolaridade, reafirmando assim a população alvo e o modo de adoecimento previsto no Plano Nacional de Saúde do Sistema Penitenciário.

Análise da evolução temporal e da dinâmica da lotação penitenciária na região Sudeste do Brasil: perfil do preso e levantamento dos agravos transmissíveis mais prevalentes

“…De acordo com o estudo de Epifania et al [20] as doenças transmissíveis mais prevalentes no ambiente carcerário são a tuberculose, a sífilis e o HIV, como também notificado nos relatórios emitidos pelo SISDEPEN. Além do mais, foi documentado que o perfil socioeconômico encontrado foi de uma população de jovens e de baixa escolaridade.…”

Caracterização da população privada de liberdade acometida por Tuberculose no estado da Bahia

“…O Estado da Bahia, com sua extensa população carcerária e complexo sistema prisional, enfrenta questões relacionadas à prevalência e caracterização da tuberculose nesse ambiente. A compreensão da caracterização da população privada de liberdade acometida por tuberculose revela-se crucial para informar políticas de saúde direcionadas, intervenções eficazes e estratégias de prevenção, a fim de mitigar a propagação da doença tanto dentro das unidades prisionais quanto na sociedade em geral (Epifania et al, 2022).…”