“…É dado no campo epidemiológico contemporâneo que as mulheres, pela especificidade de sexo, estão mais suscetíveis à condições de agravamento de saúde, tal como doenças cardiovasculares, relacionadas ao estresse como a hipertensão, o infarto agudo do miocárdio (SCHMIDT et al, 2019), na maior prevalência de disturbios do sono (MORENO et al, 2018), nas doenças crônicas não transmissíveis, como a diabetes (SILVA et al, 2021), assim como fenômenos sociais que são mais prevalentes em mulheres, como a violência por parceiro íntimo (VPI) (PINTO et al, 2021) e o suicídio (AGUIAR et al, 2022). Estes indicadores de saúde, vistos pelas lentes de diversos campos do saber, de diferentes especialidades médicas, permitem sustentar a tese de que mulheres, pela condição específica, biológica ou social de sexo/gênero, tem piores condições de saúde.…”