“…De modo geral, o TUI é um sistema perito no serviço de captar, armazenar e liberar a urina concentrada de forma cíclica, eliminando assim possíveis resíduos corporais na forma líquida (Waki & Kogika, 2015). Esses resíduos, em especial minerais, quando não eliminados de forma correta acarretam supersaturação urinária, podendo ocasionar na precipitação e formação de cristais (Assis & Taffarel, 2018). Tais cristais quando retidos no sistema urinário podem agregar-se com outros minerais ou matriz orgânica e agrupar-se em concreções sólidas, conhecidas como cálculos urinários ou urólitos (Silva et al, 2020), ou seja, urinas hipersaturadas tem maior presença de sais dissolvidos que predispõem à formação de urolitíase (Grauer, 2015;Grauer, 2005).…”
Section: Resultsunclassified
“…Dessa forma, o prognóstico para pacientes com tal patologia é geralmente favorável, sempre tendo em vista ser uma enfermidade comum de apresentar recidivas, mas com o conhecimento da composição do urólito predominante, bem como a eficiência do tratamento prescrito, as recidivas tendem a ser menos frequentes (Assis & Taffarel, 2018). Uma vez formado, o urólito de fosfato de cálcio tem sua dissolução inviável através de dietas calculolíticas devido ao fato de que mesmo que identificada a fonte principal da hipercalcemia no organismo a sua reversão leva tempo, além de não interferir no cálculo já formado (Ázira, 2016).…”
A urolitíase é uma das principais doenças relacionadas ao trato urinário inferior de felinos. O objetivo deste trabalho foi relatar um raro caso de paciente felino pediátrico diagnosticado com urolitíase de fosfato de cálcio aos dois meses de idade. Dessa forma, foi realizada ultrassonografia abdominal completa onde foi constatada a presença de uma estrutura em região caudal da vesícula urinária, ocupando 80% do tamanho total vesical e a presença de urina era ínfima, impossibilitando a realização de urinálise. Assim, a paciente foi encaminhada para realização de cistotomia para remoção da urolitíase. Durante o procedimento cirúrgico foi observada a presença de diversos micro urólitos, os quais estavam agrupados formando um único objeto de formato irregular e coloração amarelada. Através de análise mineralógica foi detectada presença de 100% de fosfato de cálcio hidroxilado, traços de oxalato de cálcio monohidratado e traços de matriz orgânica amorfa. A presença de urólitos de fosfato de cálcio em felinos adultos, já é pouco frequente, quando se trata de filhotes não há registro na literatura. Ou seja, este caso se demonstra raro pela idade da paciente atendida e pela composição da urolitíase diagnosticada em sua vesícula urinária.
“…De modo geral, o TUI é um sistema perito no serviço de captar, armazenar e liberar a urina concentrada de forma cíclica, eliminando assim possíveis resíduos corporais na forma líquida (Waki & Kogika, 2015). Esses resíduos, em especial minerais, quando não eliminados de forma correta acarretam supersaturação urinária, podendo ocasionar na precipitação e formação de cristais (Assis & Taffarel, 2018). Tais cristais quando retidos no sistema urinário podem agregar-se com outros minerais ou matriz orgânica e agrupar-se em concreções sólidas, conhecidas como cálculos urinários ou urólitos (Silva et al, 2020), ou seja, urinas hipersaturadas tem maior presença de sais dissolvidos que predispõem à formação de urolitíase (Grauer, 2015;Grauer, 2005).…”
Section: Resultsunclassified
“…Dessa forma, o prognóstico para pacientes com tal patologia é geralmente favorável, sempre tendo em vista ser uma enfermidade comum de apresentar recidivas, mas com o conhecimento da composição do urólito predominante, bem como a eficiência do tratamento prescrito, as recidivas tendem a ser menos frequentes (Assis & Taffarel, 2018). Uma vez formado, o urólito de fosfato de cálcio tem sua dissolução inviável através de dietas calculolíticas devido ao fato de que mesmo que identificada a fonte principal da hipercalcemia no organismo a sua reversão leva tempo, além de não interferir no cálculo já formado (Ázira, 2016).…”
A urolitíase é uma das principais doenças relacionadas ao trato urinário inferior de felinos. O objetivo deste trabalho foi relatar um raro caso de paciente felino pediátrico diagnosticado com urolitíase de fosfato de cálcio aos dois meses de idade. Dessa forma, foi realizada ultrassonografia abdominal completa onde foi constatada a presença de uma estrutura em região caudal da vesícula urinária, ocupando 80% do tamanho total vesical e a presença de urina era ínfima, impossibilitando a realização de urinálise. Assim, a paciente foi encaminhada para realização de cistotomia para remoção da urolitíase. Durante o procedimento cirúrgico foi observada a presença de diversos micro urólitos, os quais estavam agrupados formando um único objeto de formato irregular e coloração amarelada. Através de análise mineralógica foi detectada presença de 100% de fosfato de cálcio hidroxilado, traços de oxalato de cálcio monohidratado e traços de matriz orgânica amorfa. A presença de urólitos de fosfato de cálcio em felinos adultos, já é pouco frequente, quando se trata de filhotes não há registro na literatura. Ou seja, este caso se demonstra raro pela idade da paciente atendida e pela composição da urolitíase diagnosticada em sua vesícula urinária.
“…A urolitíase é uma enfermidade existente desde a antiguidade e presente até os dias de hoje na rotina clínica humana e dos animais (Ariza et al, 2016;Assis & Taffarel, 2018;Morgado et al, 2022;Muniz Neta & Munhoz, 2008). Em cães e gatos, a epidemiologia pode variar de acordo com localização geográfica, espécie, raça, sexo, idade, estado reprodutivo e presença de infecções no trato urinário (Monferdini & Oliveira, 2009;Morgado et al, 2022;Rick et al, 2017).…”
Uroliths may have in its composition organic and minerals. There are multifactorial mechanisms involved in urolith formation however, the complete pathophysiology is yet not fully elucidated since involves epidemiological, genetic, dietary, infectious, racial factors, among others factors. Urolithiasis has been reported in humanity since 8,000 B.C until today and very common not only for humans but for dogs and cats. The classification is based on the chemical composition of the calculus, which can be formed by mineral compounds such as struvite (magnesian ammonium phosphate), calcium oxalate, calcium phosphate and silica or organic compounds such as ammonium urate, cystine and xanthine. Diagnosis involves carrying out laboratory and imaging tests and chemical and calculus physics. Some studies have been carried out to clarify the causes of urolith formation. There are seven theories that highlight the risk factors associated with its development: crystallization, inhibitor deficiency, matrix theory, colloidal theory, ionic, fixed growth theory and finally, renal cell injury theory. Knowing these theories aid in the correct understanding of the pathophysiology but mostly is necessary to understand animal and the environment factors together for a better treatment approach and prevention. Another important information is that urolith is a secondary manifestation to the existing problem and its removal depends on ruling out the primary cause. The main goal to be achieved is to reduce urolith occurrence and to minimize unnecessary invasive procedures by previous urolith identification, a better understanding of urolith formation mechanisms and, consequently, their risk factors to provide correct treatment for each type of urolith formed.
“…Felinos obstruídos frequentemente apresentam como sinais disúria, associada ou não à hematúria, estrangúria, vômitos em decorrência de uremia, e cistite secundária à retenção urinária. A terapêutica implica na desobstrução uretral do paciente, bem como terapia de suporte, através de fluidoterapia, antibioticoterapia, além do uso de anti-inflamatórios, ainda que o protocolo possa não beneficiar alguns pacientes (6). O procedimento de desobstrução deve ser realizado delicadamente, e sem pressa, a fim de evitar a ocorrência de ruptura iatrogênica da uretra (1,7).…”
A ruptura uretral iatrogênica geralmente é uma intercorrência secundária à passagem forçada de sondas rígidas durante a tentativa de desobstrução uretral; procedimento este realizado como forma de eliminação imediata da urina em casos de retenção aguda, a fim de proporcionar maior conforto ao animal e melhoria das condições clínicas. Felinos são frequentemente acometidos por distúrbios urinários e a uretrostomia é a intervenção cirúrgica indicada quando a tentativa de desobstrução não tem sucesso ou quando o animal apresenta constantes recidivas. O presente estudo tem como objetivo demonstrar o uso de uma técnica de desvio urinário temporário em felino com ruptura de uretra, feito a partir da inserção de uma sonda tipo Foley na região ventral da bexiga e fixação desta à parede abdominal para que a urina pudesse ser conduzida ao meio externo.
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