Doença de Chagas: aspectos clínicos, epidemiológicos e fisiopatológicos

Abstract

Objetivo: Realizar uma revisão bibliográfica acerca das principais características epidemiológicas, clínicas e fisiopatológica da doença de Chagas. Revisão bibliográfica: Foi realizada uma análise bibliográfica nas bases de dados vinculadas à Biblioteca Virtual em Saúde, Pubmed e Acervo+. A doença de chagas é provocada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e é considerada problema de saúde pública e social, pois, é caracterizada como parte da identidade da pobreza e dos maus tratos as condições de saúde, afetando populações em situação de vulnerabilidade, especialmente aquelas com baixa visibilidade e pouca voz política, desencadeando processos de estigma e discriminação. Ademais, é uma afecção que provoca impacto de morbimortalidade importante e é relativamente negligenciada por pesquisadores. ocorre de forma preferencial em homens e em zona rural na faixa etária entre 19 a 59 anos de idade. Considerações finais: Salientamos a importância da educação em saúde para informar a população acerca da transmissão da doença e dos cuidados referentes a prevenção. Ainda, é necessário que novos estudos sejam realizados, especialmente em pacientes idosos maiores de 60 anos de idade, tendo em vista a maior importância da infecção nesta faixa etária associada a comorbidades.

Perfil epidemiológico e aspectos clínicos da doença de chagas no estado do Pará, durante os anos de 2017 a 2020

“…No que diz respeito aos aspectos clínicos comuns a esses indivíduos, em 95% dos casos, o ciclo agudo é assintomático ou semelhante a uma síndrome gripal leve, os outros 5% apresentam sinais e sintomas referentes ao local de inoculação e/ou manifestações sistêmicas (Kratz et al, 2018;Kratz, 2019). Quando há um local de inoculação, é frequente como sinais da doença o sinal de romaña, o qual é caracterizado como um edema indolor, endurado, bipalpebral, unilateral, periocular e com prurido (Figura 2A) e o chagoma, que é um nódulo subcutâneo elevado, edematoso, endurecido e um pouco doloroso (Figura 2B e 2C) (Correia et al, 2021). Junto a isso, a febre prolongada é o sintoma mais pertinente da DCA (Souza & Povoa, 2016).…”

Avaliação Do Nível De Conhecimento De Profissionais E Usuários Sobre Doenças Zoonóticas Em Município Paraibano

“…Foi observado nesse estudo que os entrevistados conciliaram a transmissão da Doença de Chagas através da picada do triatomíneo (barbeiro) infectado com a penetração de suas fezes. A falta de informação por parte dos usuários e profissionais de saúde nesse estudo, aponta para a necessidade de campanhas educativas e a importância da educação em saúde acerca da transmissão da Doença de Chagas e dos cuidados referentes a prevenção (CORREIA et al, 2021;ROSENTHAL et al, 2020).…”

Perfil da mortalidade em pacientes com doença de chagas na Paraíba no período de 2011 a 2021

“…A tabela 3 mostra os óbitos por local de ocorrência causados pela doença de Outro parâmetro avaliado, neste estudo, foi o local de ocorrência dos óbitos, ocorridos, em sua maioria, em hospitais como demostra a tabela 3. Isso se justifica pela maior proporção de pacientes que evoluem para a fase crônica da doença e apresentam complicações como megaesôfago, megacólon, cardiomiopatia, desnutrição e insuficiência cardíaca, sendo que as complicações cardíacas são as mais prevalentes e também as mais graves, acometendo cerca de 30% a 40% dos pacientes diagnosticados, o que aumenta o número de internações hospitalares e óbitos por tais complicações (CORREIA et al, 2021). Pela observação dos dados analisados, percebe-se que os municípios que tiveram uma maior incidência de óbitos merecem atenção especial diante dos casos e mortes causadas pela doença de Chagas, uma vez que, mesmo com todos os métodos existentes contra as mortes, ainda se apresentam persistentes ao longo dos anos.…”

“…Já na fase crônica, é feito o diagnóstico por meio de exames sorológicos como ELISA, hemaglutinação e imunofluorescência indireta. Após o diagnóstico, o paciente deve iniciar o tratamento farmacológico com antiparasitários como o benznidazol, de primeira escolha, e nifurtimox (CORREIA et al, 2021).…”