“…Para exemplificar esse fato, dos cinco professores que chegaram entre 1935 e 1937, três deles, dentre os quais o geógrafo Pierre Monbeig, "declararam que uma das importantes motivações para terem aceitado o convite de lecionar no Brasil foi justamente o poder fugir da condição de professor dos liceus"(PETTJEAN, 1996 apud BONTEMPI, 2011. porcentagem significativa dos concursados aprovados no magistério oficial do estado de São Paulo provinham dela(AZEVEDO, 1944, p. 86). Deve-se lembrar que as provas de ingresso para docente do ensino secundário no estado de São Paulo exigiam aprovação com bom desempenho do De acordo com a pesquisa deBontempi (2011), na década de 1950 dificilmente os estudantes de humanas não prestavam concursos para serem professores secundário.Certamente, a qualidade do curso da FFCL tornou o ingresso no concurso do magistério mais viável. Por outro lado, é importante lembrar o fato de o curso de Geografia da FFCL ser o mais antigo do país, possibilitando a um número maior de estudantes egressos prestarem o concurso.Provavelmente, a formação científica seria o principal saber exigido pelo concurso, em decorrência do currículo propedêutico no ensino secundário, mas não cabe aqui à pesquisa se aprofundar nessa questão.Em 1961, Aroldo de Azevedo, no BPG nº 37, publicou "Notas sôbre o ensino da e alcançassem a oportunidades além da licenciatura, visto que nos Estados Unidos:[…] excelentes são as oportunidades que se abrem para a carreira de um geógrafo, cujos conhecimentos são devidamente apreciados que pelos poderes públicos federais (particularmente no Departamento de Estado, o Apenas utilizou-se dessa situação de proletarização do trabalho docente para exemplificar a importância de valorizar o bacharel em Geografia nos cargos públicos ou no setor privado.…”