Divulgação não autorizada de imagem íntima: danos à saúde das mulheres e produção de cuidados

Abstract

Objetivou-se analisar os danos à saúde das mulheres que tiveram imagens íntimas divulgadas sem autorização, bem como os cuidados em saúde necessários nessas situações. Partiu-se do debate sobre violência contra as mulheres em sua interface com a Saúde Coletiva. Foram realizadas entrevistas em profundidade com 17 mulheres com idade entre 17 e 50 anos que tiveram imagens íntimas divulgadas sem autorização e com dez profissionais da saúde e da assistência que atenderam mulheres nessa situação. Foram observados diversos danos à Saúde Mental, como agravamento de transtorno alimentar e uso abusivo de álcool, automutilação, desenvolvimento de fobias, depressão e tentativa de autoextermínio. A exposição da intimidade tem se mostrado uma forma recorrente de violência que requer cuidados peculiares, a serem apropriados pelo campo da saúde na produção de cuidados com vistas à promoção da saúde integral das mulheres.

Autonomia e submissão na autoexposição digital e na exposição violenta de mulheres

“…As entrevistas com as profissionais envolveram a descrição detalhada dos casos atendidos, os danos causados, os cuidados dispensados e os desafios para com esse tipo de atendimento. Às mulheres expostas e às profissionais foi perguntado suas perspectivas sobre os cuidados e atenção às mulheres que passam por essa experiência, tema explorado em outro trabalho Paula BEVILACQUA, 2021a).…”

Atendimento integral às múltiplas facetas de um paciente com transtorno de personalidade narcisista e depressão

“…Isso faz com que elas desenvolvam sérios danos mentais, podendo levar a depressão, automutilação e por fim o autoextermínio. Em um estudo 13 realizado com um número de 17 mulheres entre 17 e 50 anos onde pelos motivos citados acima, desenvolveram transtornos que ligados outros como alimentares e alcoólicos favoreceram para idealizações de suicídios. Quando estas mulheres associam a vergonha junto a culpa e o sentimento de ter se deixado levar a acontecer isso com elas, isso dificulta o pedido de ajuda e a mesma e extremamente necessária para evitar que agrave os transtornos psicológicos e de dor e na grande maioria algumas começam a sofre na adolescência, tudo isso vai desencadeado fatores que favorecem ao suicídio, essas pessoas se afastam de todos, acabam se isolando e por fim perdem a confiança em si mesmo, com baixa autoestima, e frágeis, podendo fazer com que as mesmas sintam vontade de pôr um fim.…”

“…É possível destacar a necessidade de formação de enfermeiros para lidas com estas situações, assim como acompanhar de perto casos iniciais evitando a execução do ato final. Estes profissionais devem conhecer a fundo como é a estrutura epidemiológica e social da área que está trabalhando executando assim uma forma de melhor prevenir estas situações [10][11][12][13] .…”

Anais Do 1º Congresso Internacional Multiprofissional Em Atenção Primária À Saúde

“…Ressalta-se que ainda existem relatos de transtorno alimentar, problemas com alcoolismo, automutilação, desenvolvimento de depressão, fobias, ideações e tentativas de suicídio, dificuldades de se relacionar socialmente e problemas com a sua autoimagem, além dos sentimentos de vergonha e culpa após terem sua intimidade exposta publicamente. Assim, essas mulheres ainda carregam o fardo de serem julgadas por algumas pessoas, enquanto os infratores permanecem isentos de qualquer prejuízo em muitos casos (PATROCINO; BEVILACQUA, 2021;DIAS, 2020).…”