Este artigo é resultado de uma pesquisa que se propôs compreender quais são as possibilidades da construção da identidade étnico-racial no curso de Magistério. Para tal, dialoga-se com três mulheres, negras e normalistas egressas de uma instituição secular localizada na cidade de Muzambinho, Sul de Minas Gerais. Por meio de suas narrativas, buscou-se entender rupturas, possibilidades e conquistas de direitos a partir da formação adquirida. História oral foi a principal abordagem de pesquisa. Os seguintes procedimentos também foram utilizados: análise de fotografias, consulta de documentação escolar no acervo da instituição, revisão de literatura. Os resultados alcançados apontam que as normalistas negras constroem a sua identidade étnico-racial em um ambiente formativo silenciador que é orientado ideologicamente por valores pautados na branquitude.