Distribuição de tipos moleculares de Cryptococcus gattii  no Brasil: uma revisão bibliográfica

Júnior, Joaquim Lucas; Santos, Israel Gomes de Amorim; Júnior, Vitor Laerte Pinto; Nicola, André Moraes

doi:10.51723/ccs.v27i02.97

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“…No presente relato as infecções foram causadas por C. gattii VGII. No Brasil, C. gattii VGI e VGII são os tipos moleculares que mais afetam os felinos (Júnior et al, 2017).…”

Section: Discussionunclassified

Criptococose sistêmica atípica em felinos causada por Cryptococcus gattii VGII

Alberti,

Marcolongo-Pereira,

Venancio

et al. 2024

Cad. Pedagógico

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Criptococose é uma micose sistêmica, subaguda a crônica causada por fungos do gênero Cryptococcus spp. A infecção ocorre principalmente por via aerógena, através da inalação de leveduras presentes no ambiente, podendo causar quadros respiratórios ou se disseminar por via hematógena para outros tecidos. O objetivo do presente trabalho foi descrever dois casos de criptococose sistêmica com diferentes apresentações clínico-patológicas em felinos. Dois felinos foram encaminhados para necropsia no Laboratório Regional de Diagnóstico (LRD) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Um dos animais (felino 1) apresentava histórico de linfadenomegalia generalizada e o outro (felino 2) de emagrecimento e anisocoria. O felino 1 foi tratado durante 3 anos, porém apresentava recidivas e morreu após piora acentuada no último ano. O felino 2 foi eutanasiado pois o animal apresentou alterações comportamentais e convulsões. Na necropsia do felino 1 havia nodulações pardo-acinzentadas, homogêneas, de aspecto gelatinoso na região cervical e o pulmão apresentava-se armado e firme, com placas cinzentas, brilhantes, multifocais a coalescente em toda a superfície pleural. No felino 2 havia um nódulo bem delimitado branco-acinzentado no lobo caudal direito do pulmão e áreas cinzentas, irregulares e friáveis no encéfalo. Amostras de tecido, de ambos os casos, foram coletadas para exame anatomopatológico e cultura micológica. No exame histopatológico observou-se no pulmão, encéfalo e linfonodos do felino 1 áreas de necrose, com estruturas esféricas a ovais, de 2 a 10 µm de diâmetro, circundadas por halo claro (semelhantes a bolhas de sabão), compatíveis com leveduras e infiltrado inflamatório de macrófagos e neutrófilos. Também foram observadas células fúngicas no fígado, baço e rins. No encéfalo e pulmão do felino 2 foram observadas as mesmas lesões, porém no pulmão estas eram mais discretas. No exame micológico dos dois casos houve isolamento de Criptococcus gatti. O diagnóstico de criptococose em felinos pode ser realizado através do exame histopatológico e colorações especiais, baseando-se nas características histoquímicas típicas do agente, inclusive nos casos em que não ocorre lesão em plano nasal.

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“…No presente relato as infecções foram causadas por C. gattii VGII. No Brasil, C. gattii VGI e VGII são os tipos moleculares que mais afetam os felinos (Júnior et al, 2017).…”

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