Dimensionamento de pavimentos flexíveis: análise comparativa de custos entre diferentes métodos

Abstract

No Brasil, as estatísticas indicam que mais da metade dos trechos pavimentados possuem problemas no pavimento, aumentando o custo operacional do transporte e favorecendo a ocorrência de acidentes. O método de dimensionamento empírico do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) é largamente utilizado para implantação de pavimentos flexíveis, entretanto, não leva em consideração a fadiga do revestimento asfáltico e as deflexões verticais geradas pelas cargas de rodas. Assim, tem-se recorrido à conceitos mecanicistas para prever o comportamento do pavimento, que juntamente com recursos computacionais, formaram o Método de Dimensionamento Nacional (MeDiNa). Desta forma, o objetivo deste trabalho foi realizar uma análise comparativa de custos e desempenho entre o método empírico do DNIT e o software MeDiNa, a partir dos dimensionamentos de uma estrutura simulada e com posterior levantamento de quantitativos e custos para 1 km de rodovia. Os resultados mostraram que o pavimento dimensionado pelo MeDiNa apresenta um custo direto total 38,5% maior do que aquele dimensionado empiricamente. Contudo, atende à vida útil de 10 anos considerada no projeto, enquanto o método empírico começa a apresentar problemas com 3 anos e 9 meses. Portanto, foi possível concluir que o dimensionamento através do software MeDiNa possui maior custo-benefício, e é uma alternativa eficaz para amenizar a problemática da baixa qualidade na pavimentação das rodovias brasileiras.