Dificuldades no trabalho em saúde mental: percepção de trabalhadores do Núcleo de Apoio à Saúde da Família na Macrorregião Oeste de Minas Gerais

Abstract

Resumo No atual cenário de manobras neoliberais no país, mudanças nas Políticas de Atenção em Saúde alteram formas de organização e financiamento dos serviços, desdobram-se em formas precarizadas de trabalho e ameaçam conquistas da Reforma Psiquiátrica e Atenção Psicossocial. Buscou-se identificar e analisar, na percepção de profissionais de 11 equipes de Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF), dificuldades no processo de construção de uma política de Saúde Mental (SM) na Atenção Básica em Saúde (ABS). Realizou-se estudo qualitativo, a partir de entrevistas com 11 profissionais de SM dos NASF, e estas foram analisadas considerando-se o referencial da Análise de Conteúdo. As dificuldades identificadas foram: formas precárias de contratação; alta rotatividade; carga horária insuficiente; baixa remuneração; concentração da carga horária em atividades de assistência; falta de compartilhamento e integração de serviços e profissionais; desarticulação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). O Apoio Matricial não estava incorporado e não havia políticas de Educação Permanente em Saúde (EPS) no conjunto dos municípios estudados. No entanto, os NASF contribuíam para melhorar o cuidado em SM. Conclui-se que as mudanças em curso impõem desafios para a sustentação de conquistas em SM e consolidação da política de SM na ABS dos municípios estudados.

Os Desafios De Enfermagem Frente as Emergências Psiquiátricas: Uma Revisão Integrativa

“…Assim como na atenção básica, as demais áreas de serviço de saúde sofrem com a falta de profissional qualificado para o serviço, o que acaba gerando um descaso, devido ao fato de haver pouco recurso para uma demanda que só tem crescido (Guimarães et al, 2023).…”

“…Lima et al (2021) e Dias e Silva (2010) corroboraram a visão de que os enfermeiros realizam atividades de enfermagem e administrativas em ambientes de cuidados de saúde mental, onde a comunicação e um tratamento mais humano ajudam os enfermeiros a acalmar os pacientes e a estabelecer conexões protetoras, e essa confiança é alcançada através de conversas simples ou conversas mais qualificadas para estabelecer a escuta e compreensão dos problemas que os pacientes e suas famílias sofrem, permitindo mais interações e melhorando a continuidade do cuidado.Os profissionais das equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) e da Agência Comunitária de Saúde (ACS) identificam regularmente uma variedade de necessidades em saúde mental (SM) à medida que trazemos esse tema para a atenção primária. As ESF são unidades assistenciais que proporcionam conhecimento da geografia populacional e permitem que os profissionais de saúde desenvolvam relações próximas com os cidadãos que necessitam de serviços, tornando estratégico o atendimento ao SM(Guimarães et al, 2023).Portanto, entendemos que a forma como entendemos os outros e como tentamos ouvir também são partes importantes de qualquer terapia. Os relacionamentos com outras pessoas em serviço abrangem todas as características humanas.…”