O tema deste artigo é a interação e a convivência social como potencializadoras da aprendizagem de um estudante com deficiência intelectual grave, diagnosticado com a síndrome de Pierre Robin. Nos primeiros atendimentos, só ficava na escola acompanhado pela mãe, gritava, queria ir embora, não interagia. Trata-se de um estudo de caso com aplicação de estratégias metodológicas específicas que respeitam as limitações impostas pela deficiência, visto que, a educação de verdade é aquela que começa respeitando as necessidades do estudante, conforme sustenta Cunha (2008). Isto posto, o objetivo geral é analisar os desafios específicos enfrentados pelo estudante com deficiência intelectual grave no contexto dos conteúdos curriculares e discutir como as estratégias pedagógicas, a interação social, a afetividade e a musicalidade podem ser utilizadas para superar esses desafios e promover um aprendizado significativo. A partir das estratégias metodológicas utilizadas constatou-se que a afetividade e a musicalidade são recursos que enriqueceram a prática educativa e auxiliaram no desenvolvimento da expressão corporal. No entanto, foi necessário afastar-se das práticas cotidianas da sala de aula, visto que, o estudante não está alfabetizado, suas habilidades verbais não estão desenvolvidas e não interagia, mas, ao estabelecer um vínculo afetivo, passou a demonstrar algumas formas de interação por meio de gestos e pranchas de comunicação alternativa. Por fim, diante dos desafios específicos de cada estudante da educação especial, identificar e implementar estratégias e práticas pedagógicas e metodologias inovadoras se faz necessário. Só assim será possível proporcionar o acesso igualitário à educação e promover uma aprendizagem significativa e inclusiva.