O câncer de próstata está entre as principais neoplasias malignas que acometem a população brasileira, ocupando a 1ª posição, quando se exclui o câncer de pele não melanoma. A complexidade dos fatores patológicos na gênese da doença, como a elevação dos casos a partir dos 50 anos e a relação direta com o grau de parentesco, bem como a necessidade de detecção precoce para bom prognóstico, determinam a elaboração de ações para efetivar o rastreio da doença. A campanha do Novembro Azul foi elaborada pelo Ministério da Saúde para difundir a investigação precoce do câncer de próstata, em um contexto de negação quanto aos autocuidados dos homens. O objetivo da pesquisa foi analisar o perfil clínico, laboratorial e epidemiológico dos participantes da campanha do Novembro Azul, realizada em novembro de 2022, em Santarém-PA. Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo e transversal, de análise do Escore Internacional de Sintomas Prostáticos (I-PSS), bem do exame sanguíneo do PSA e da resposta de questionário. Participaram da pesquisa um total de 28 homens, acima de 40 anos, com idade média de aproximadamente 58 anos. Dentre as comorbidades associadas, destacam- se a Hiperplasia Prostática Benigna em 12 pacientes e a Hipertensão Arterial Sistêmica em 9 pacientes. Quanto à análise do I-PSS, os sintomas leves (53,57%%) e moderados (42,85%%) foram predominantemente detectados entre os pacientes e 1 paciente com score de I-PSS de sintomas graves. Destes, a noctúria (53,57%) foi o principal sintoma quantificado durante a coleta de anamnese. O toque retal foi realizado em 28 voluntários, dos quais o volume prostático médio estimado foi de 34,5 gramas. O valor de PSA médio foi de 2,47 ng/mL, com valores mínimo e máximo de 0,23 ng/mL e de 15,18 ng/mL, respectivamente. Os resultados permitiram englobar os pacientes em um quadro sugestivo de obstrução e/ou disfunção vesical, dos quais é pertinente a investigação anual dos pacientes com fatores de risco associados, para que ocorra um adequado tratamento.