Diagnóstico por imagem de hérnia discal hansen tipo i, ii e iii em cães

Abstract

RESUMOPara o presente trabalho, foi realizado um levantamento bibliográfico abordando os métodos diagnósticos da hérnia discal, a qual é a discopatia mais comum em cães e está relacionada aos distúrbios neurológicos que envolvem a medula espinhal. A hérnia discal é a principal causa para a investigação imagenológica da coluna vertebral em pequenos animais. O diagnóstico por imagem é fundamental para obter o conhecimento da doença, da localidade da lesão e da gravidade. Os exames mais comuns realizados na rotina veterinária são a radiografia e a mielografia, por serem mais acessíveis, porém o diagnóstico preciso se dá por meio da tomografia computadorizada ou da ressonância magnética, sendo esta última a técnica primordial para as discopatias. Esses fatores, bem como sua etiologia, fisiopatologia e predisposição serão abordados também neste estudo.Palavras-chave: disco intervertebral, radiografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética IMAGING DIAGNOSTIC OF HANSEN TYPE I, II AND III DISC HERNIATION IN DOGS ABSTRACTFor the present study was reviewed bibliography about the diagnostic methods of disc herniation, which it is the discopathy most common in dogs and it is related to neurological disorders involving the spinal cord. Disc herniation is the main cause for the imaging investigation of the spine in small animal. Diagnostic imaging is fundamental to have knowledge of the disease, the location and severity of the lesion. The most common examinations performed in veterinary medicine are radiography and myelography, because they are more accessible, but an accurate diagnosis is made through computed tomography or magnetic resonance, being the latter the primary technique to the discopathy. These factors, as well as the etiology and pathophysiology will be approached also in this study. DIAGNÓSTICO POR IMAGEN DE LA HERNIA DISCAL HANSEN TIPO I, II Y III EN LOS PERROS RESUMENPara este estudio, se realizó una literatura sobre los métodos de diagnóstico de la hernia de disco, que es la enfermedad del disco más común en los perros y se relaciona con trastornos neurológicos que implican la médula espinal. La hernia de disco es la causa principal para la investigación por imagen de la columna vertebral en los animales pequeños. El diagnóstico Recebido em: Aceito em:

Diagnósticos e tratamentos empregados em casos de hérnias de disco em cães: Revisão

“…De forma geral, as hérnias de disco são associadas à degeneração dos discos intervertebrais, causando a exteriorização do núcleo pulposo para o canal vertebral (Alves, 2018;Thrall, 2013). É uma doença que acomete principalmente cães condrodistróficos, devido à predisposição de metaplasia óssea, que pode atingir o anel cartilaginoso, provocando a ruptura deste.…”

“…Cães não condrodistróficos podem sofrer apenas a protusão do disco, ou seja, sem ocorrer a ruptura do anel, ocorrência que não é considerada como a verdadeira hérnia de disco (Coelho et al, 2016;Ferreira Neto et al, 1977;McGavin & Zachay, 2013). Na região cervical, os ligamentos são mais amplos espessos que no restante da coluna, por isso as extrusões laterais de discos são mais comuns nessa região (Alves, 2018;Thrall, 2013).…”

“…A herniação do tipo 2 (Figura 3B) é caracterizada pela protrusão do disco causada por desvio de material do núcleo, estando associada à degeneração fibroide. É mais observada em animais não condrodistróficos, ocorrendo entre 8 e 10 anos de idade (Alves, 2018;Thrall, 2013). A DDIV tipo 3 nunca foi descrita por Hansen, mas é didaticamente descrita como discopatia de Hansen tipo 3.…”

“…A DDIV tipo 3 nunca foi descrita por Hansen, mas é didaticamente descrita como discopatia de Hansen tipo 3. Tais hérnias são associadas à traumas e exercícios vigorosos, provocando a ruptura do ânulo fibroso dorsal e consequente extrusão do núcleo pulposo (Alves, 2018;Thrall, 2013). Nesse caso, a extrusão do disco atinge a medula em alta velocidade, com isso causa contusão no parênquima medular e se dissipa pelo espaço epidural, sem causar compressão.…”

“…Doenças inflamatórias podem ser consideradas ao montar um plano de diagnósticos diferenciais, como meningite ou meningoencefalite granulomatosa, por isso são pedidos exames hematológicos e de líquor (Cesca, 2018). Para um diagnóstico conclusivo, exames de imagem como radiografia, tomografia computadorizada, mielografia, ou ressonância magnética são essenciais (Alves, 2018;Cesca, 2018). Dentre esses, o exame mais indicado é o de ressonância magnética, tendo em vista que o corte transversal permite localizar e quantificar a compressão medular (Alves, 2018) e, além de fornecer detalhes anatômicos superiores a outros exames (Cesca, 2018), permite também verificar se há apenas um ou mais discos herniados.…”