Diagnóstico e discussão sobre uso da Filtração Lenta para abastecimento público em Santa Catarina, Brasil

Abstract

Diagnóstico e discussão sobre uso da Filtração Lenta para abastecimento público em Santa Catarina, Brasil A diagnosis and discussion about the use of Slow Sand Filtration for public drinking water supply in Santa Catarina, BrazilResumo A filtração lenta é uma técnica simples para o tratamento de água e uma das mais antigas utilizadas no abastecimento público. Com o tempo, essa tecnologia perdeu espaço para sistemas que demandam, relativamente, menor área útil de ocupação, como a coagulação e a filtração rápida ou direta. Portanto, considera-se que há pouca informação sobre o uso atual dessa técnica de filtração para estudos na área. Em vista disso, esse estudo foi realizado com o intuito de fazer um levantamento e diagnóstico do uso da filtração lenta no estado de Santa Catarina. Estações de tratamento de água com filtros lentos foram identificadas e visitadas em todo o estado; os resultados de questionários aplicados in loco e observações em visitas técnicas são apresentados. Embora simples, observou-se que os problemas encontrados na aplicação da tecnologia estão relacionados à falta de conhecimento específico sobre o assunto. Concluiu-se que a filtração lenta ainda é aplicada no estado e a disseminação de conhecimento sobre a tecnologia é de suma importância para sua preservação, manutenção, melhor aplicação e disseminação em prol de seu uso. Palavras-chave: Abastecimento público. Filtro lento. Operação de ETA. Abstract Slow sand filtration is a simple technique for drinking water treatment and one of the oldest used for drinking water assessment. Over time, it lost its place for systems with coagulation and rapid filtration that demand smaller area prints relatively. Little information about the current application of this technology is found in studies in this field. This study was performed with the intention of making a survey and diagnosis of the use of slow sand filtration in

Desempenho De Filtros Lentos Com Meio Filtrante De Misturas De Areia E Materiais Sustentáveis

“…A exemplo de tratamento de água, tem-se a filtração lenta, também chamada de filtro de areia. Na filtração lenta a remoção das impurezas ocorre por meio de mecanismos físico-químicos, quando ocorre a passagem da água bruta pelo meio filtrante, deixando as partículas/impurezas retidas nos poros desse filtrante, e também por atividades biológicas, após o desenvolvimento da camada biológica no meio filtrante (Heller et al, 2004;Souza, 2017). A filtração lenta é de simples construção, operação, manutenção e, consequentemente, geralmente apresenta custos mais acessíveis.…”

Filtração Lenta: Mapeamento Sistemático De Teses E Dissertações Brasileiras

“…Apesar dos notáveis benefícios e facilidades de construção, manutenção e operação, o tratamento por filtração lenta está sendo marginalizado por suas dificuldades em tratar águas de baixa qualidade. Souza et al (2018) realizaram um levantamento e diagnóstico das estações de tratamento que usavam filtração lenta no estado de Santa Catarina e concluíram que o incentivo para substituição da filtração lenta por ETA's convencionais advém: do desejo de experimentar novas tecnologias de tratamento e remediação de problemas corriqueiras, mas solucionáveis no âmbito da filtração lenta; da influência da sazonalidade na qualidade da água bruta alinhadas ao manejo inadequado das nascentes e fontes abastecedoras; e do desconhecimento e despreparo dos envolvidos no tratamento com filtração lenta, suas possiblidades e limitações considerando a qualidade da água bruta e os processos operacionais. Ademais, os autores relatam que a maioria dos problemas identificados na pesquisa poderiam ser facilmente resolvidos caso houvesse operadores preparados minimamente e com mínimo de investimento.…”

Filtros lentos de areia em escala domiciliar como alternativa de tratamento de águas subterrâneas com risco microbiológico em comunidades isoladas

“…A operação dos filtros lentos requer continuidade, visto que os organismos existentes estão adaptados ao tipo e quantidade de alimento fornecido por aquela determinada vazão. Segundo o levantamento feito por Souza et al (2018) no Estado de Santa Catarina (Brasil), apenas 6% dos municípios possuem Estações de Tratamento de Água (ETAs) que utilizam a filtração lenta, tratando total ou parcialmente o sistema de abastecimento. Entre as razões pela baixa utilização dessa tecnologia, os autores citaram a falta de conhecimento específico, principalmente sobre sua simplicidade, manutenção e limitações da água bruta, perdendo espaço para as outras tecnologias consideradas mais modernas.…”