No final do ano de 2019, surgiram os primeiros casos da COVID-19 na China, e em cerca de um mês configurou uma crise de saúde global. A associação entre a COVID-19 e o Diabetes Mellitus (DM) vem sendo observada em estudos sobre o tema, os quais afirmam que a doença causada pelo vírus SARS-CoV-2 ocorre com mais frequência e com maiores complicações em pacientes com esta comorbidade. Objetivo: Aferir a relação entre a ocorrência de hiperglicemia com a mortalidade de pacientes internados por Covid-19, mensurando a sua influência como marcador de gravidade ou associação com piores desfechos. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo, observacional, analítico e longitudinal sendo realizada uma coleta de prontuários de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva Neurológica do Hospital Veredas, Alagoas, no período de 01 de junho de 2020 a 31 de janeiro de 2021, com posterior análise univariada das variáveis categóricas e aplicado o teste χ2 (qui-quadrado) ou o teste exato de Fisher, conforme a frequência esperada nas células. Para correlacionar duas variáveis contínuas, utilizou-se o teste de correlação de Pearson ou de Spearman. Resultados: Foram selecionados 97 pacientes para o estudo, porém apenas 62 estavam aptos para participarem da pesquisa. A média de idade dos pacientes foi de 65,44, e 56,9% eram do sexo feminino. Os pacientes que foram diagnosticados previamente com DM apresentaram maior glicemia durante o internamento (p <0,001), como também apresentaram maior taxa de óbito (p=0,028). Entretanto, a hiperglicemia não se mostrou um fator de risco para maior mortalidade no presente trabalho. Conclusão: Nesta análise pode-se observar que não houve correlação entre os pacientes que cursaram com hiperglicemia e óbitos. Entretanto, foi identificado que pacientes com glicemias elevadas apresentaram maior tempo de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e que indivíduos que já eram previamente diabéticos tiveram uma maior taxa de mortalidade.