O presente artigo pretende averiguar a junção da Psicomotricidade às Artes Visuais para o desenvolvimento psicomotor, cognitivo e sensorial de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), sendo esta uma condição do neurodesenvolvimento caracterizada pelo déficit da comunicação, interação social e pelos comportamentos restritos e repetitivos. A metodologia baseou-se na avaliação do Teste Escala de Desenvolvimento Motor (EDM-III), de Rosa Neto, por meio do protocolo pré e pós intervenção, comparando as respostas dos participantes ao obterem terapias psicomotoras isoladas e as associadas às pinturas e atividades artísticas. A análise foi realizada em pacientes com TEA do Centro de Atendimento ao Autista (CAA), na cidade de Campina Grande – PB. A pesquisa ocorreu com indivíduos com os três níveis de suportes e submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), seguindo todas as normativas necessárias para resguardar os direitos e sigilo dos envolvidos. As respostas obtidas evidenciam as Artes Visuais como aliadas nos ganhos terapêuticos no que tange o sensorial, cognitivo e motor das crianças com TEA. Além disso, reforça, através das observações, a necessidade de uma intervenção multidisciplinar e a execução de constantes avaliações para readequações do programa de intervenções, de acordo com as involuções e progresso dos pacientes. Evidenciou-se ainda que as especificidades do TEA quando associadas a outras variabilidades e comorbidades, tornam-se ainda mais desafiadoras em sua investigação e mediação, sendo as percepções cognitivas e motoras paulatinamente ceifadas das crianças. Isto também fortalece a importância do diagnóstico precoce para o início das terapias, aproveitando a neuroplasticidade cerebral dos sujeitos para conceber ganhos imprescindíveis na consolidação do desenvolvimento humano para a construção da autonomia e qualidade de vida.