Desfechos materno-fetais de mulheres com diabetes na gestação atendidas em um serviço público de referência da cidade de Maceió

Abstract

Dentre as endocrinopatias existentes, o Diabetes Mellitus (DM) é a mais frequente na gestação. Com o número crescente da obesidade no mundo, aumentou não só a prevalência de diabetes de tipo 1 e tipo 2 em mulheres em idade reprodutiva, mas também houve um aumento das taxas de Diabetes Mellitus Gestacional (DMG). Este distúrbio é estabelecido como um estado de intolerância à glicose, reconhecida pela primeira vez na gestação, que pode ou não persistir após o parto. A presença de diabetes na gestação está associada a alto risco de complicações tanto maternas como fetais e neonatais. O objetivo desse estudo foi identificar os desfechos materno-fetais de mulheres com diabetes na gestação atendidas em um serviço público de referência da cidade de Maceió. Estudo observacional, transversal, analítico e retrospectivo. Os critérios de inclusão foram mulheres gestantes com diagnóstico de diabetes gestacional ou previamente diabéticas. Os critérios de exclusão foram gestantes com prontuários com dados incompletos.É imprescindível uma maior intervenção no estilo de vida da gestante, apesar do manejo no DMG ser desafiador, pois apenas 16-55% das grávidas são aderentes.

Avaliação da qualidade do pré-natal com base na análise de solicitação de exames e do diagnóstico envolvendo a hiperglicemia na gestação

“…A DM preexistente apresenta altas taxas de malformações congênitas, mortalidade neonatal e natimortos, além de Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 7, n. 1, p.6628-6637, jan/feb., 2024 complicações microvasculares nas gestantes. 19,20,21 Além disso, a hiperglicemia durante a gestação também aumenta o risco de complicações metabólicas e cardiovasculares para as crianças no futuro, aumentando a taxa de adultos doentes. 14 Apesar da assistência pré-natal existente, observou-se que 5,55% das gestantes não realizaram os exames de rastreamento de hiperglicemias como recomendado; essas gestantes foram incluídas no estudo por apresentarem peso fetal excessivo em Ecografia, principal complicação dos quadros de hiperglicemia, a qual poderia ter sido prevenida caso as pacientes tivessem sido rastreadas conforme recomendado.…”