Desenvolvimento emocional e os maus-tratos infantis: uma perspectiva winnicottiana

Sei, Maíra Bonafé

doi:10.11606/d.47.2004.tde-29062005-154905

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“…Em torno de cinco (64%) das vítimas se encontravam com idade de 0 a 12 anos, quando sofreram os maus tratos. Quanto a este fato, Sei (9) afirmou que a criança vítima de maus tratos em idade inferior a 11 anos tem três vezes mais chance de desenvolver distúrbios psiquiátricos, sendo esta faixa etária a mais prevalente nos indivíduos identificados neste estudo. Em 31% dos casos a violência que iniciou na infância persistiu durante a adolescência.…”

Section: Materiais E Métodos Resultadosunclassified

“…Segundo Guerra (4) : -a violência física traz consigo a chamada -morte da alma‖ na medida em que a criança não possa encontrar ninguém que a proteja‖. para que o mínimo de condições adequadas sejam fornecidas e também orientações por parte da equipe de saúde que lida com as classes mais carentes da sociedade (9) . Foi possível identificar casos de negligência física e emocional como: abandono, privação alimentar, privação de afeto e carinho e trabalho infantil (vide quadro 1).…”

Section: Materiais E Métodos Resultadosunclassified

“…A violência psicológica ocorrendo de forma isolada foi encontrada em 12,72%, porém geralmente todo tipo de abuso em crianças e adolescentes vem acompanhado de violência psicológica mesmo quando não relatado (9) . Esse tipo de mau trato pode ser considerado como ações executadas por adultos no sentido de: rejeitar, isolar, impedir que as crianças tenham experiências sociais normais, aterrorizar, agredir verbalmente e por fim praticar medidas que as corrompam (11)(12)(13) .…”

Section: Materiais E Métodos Resultadosunclassified

“…A exploração sexual das crianças refere-se ao envolvimento de crianças e adolescentes dependentes, imaturos desenvolvimentalmente, em atividades sexuais que eles não compreendem totalmente as quais são incapazes de dar o consentimento informado e que violam os tabus sociais dos papéis familiares e que objetivam a gratificação das demandas e desejos sexuais da pessoa que comete o abuso. Segundo Sei (9) , o abuso sexual é uma das formas de violência mais subnotificadas de maus tratos e, geralmente, ocorrem sob ameaça e uso de violência física. Neste estudo, em 18% dos casos de abuso sexual, os pais foram os praticantes do ato, em seguida observou-se que em 17% a violência foi praticada pelo tio e em 8% praticados pela tia e, 8% por pessoas desconhecidas das vítimas.…”

Section: Materiais E Métodos Resultadosunclassified

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Patients with psychiatric disorders from a Psychosocial Attention Center

Cavalcanti

Santos

Araújo

et al. 2010

Rev enferm UFPE on line.

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RESUMOEstudo exploratório e descritivo realizado em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS transtorno) da cidade de Recife, com o objetivo de identificar a prevalência de usuários deste serviço que relataram história de maus tratos sofridos durante a infância e/ou adolescência. A população foi composta por 702 usuários de um CAPS transtorno adstrito no Distrito Sanitário III, com a amostra constituída por 375 indivíduos, que realizaram tratamento no respectivo serviço psiquiátrico nos anos de 2003 a 2005. Os resultados evidenciaram uma prevalência de 14,66% de casos de maus tratos durante esta época da vida, nos quais se relacionou pelo menos um dos itens pesquisados, quais sejam casos de violência física, emocional, negligência, abuso sexual, além de combinações variadas desses tipos de violência. Palavras-chave: Violência doméstica; Infância; Adolescente; Transtornos psiquiátricosABSTRACTExploratory and descriptive study in a quantitative approach, conducted through in a Psychosocial Attention Center for individuals in Psychiatric suffering (CAPS disorders), in the Recife city, state of Pernambuco, aiming at identifying, among the users, those who referred stories of maltreatment during their infancy and/or adolescence. The population was 702 users from one CAPS, from the city’s Sanitary District III, and the sample consisted of 375 individuals, that had been through treatment in the respective psychiatric service from 2003 to 2005. The results showed the maltreatment cases prevalence of 14,66% during childhood and adolescence, relating at least one of items searched, which are cases of physical, emotional violence, recklessness, sexual abuse, and combinations of these types of violence. Keywords: Domestic violence; Child; Adolescent; Psychiatric disordersRESUMENEstudio exploratorio y descriptivo, con enfoque cuantitativo, conducido en un Centro de Atención Psicosocial para los individuos en el sufrimiento psiquiátrico (CAPS desórdenes), en la ciudad de Recife, estado de Pernambuco, teniendo como objetivo identificar, entre los usuarios, los que refirieron historias del maltrato durante su infancia y/o adolescencia. La población era 702 usuarios de uno CAPS, del Districto Sanitario III, y la muestra consistió en 375 individuos, que habían estado con el tratamiento en el respectivo servicio psiquiátrico, a partir de 2003 a 2005. Los resultados demostraron el predominio de los casos del maltrato de 14.66% durante niñez y adolescencia, relacionando por lo menos uno de los artículos buscados, que son casos de la violencia física, emocional, de negligencias, de abuso sexual, y de las combinaciones de estos tipos de violencia. Palabras clave: Violencia doméstica; Niño; Adolescente; Desórdenes psiquiátricos.

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Section: Materiais E Métodos Resultadosunclassified

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Patients with psychiatric disorders from a Psychosocial Attention Center

Cavalcanti

Santos

Araújo

et al. 2010

Rev enferm UFPE on line.

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“…No Brasil, apenas recentemente se iniciou uma conscientização a esse respeito, mas ainda as informações estatísticas e epidemiológicas sobre maustratos são insuficientes, em parte, pela falta de notificação, pelo temor ante as implicações legais e pela dificuldade em se diagnosticar corretamente casos suspeitos (Cavalcanti, 2001a(Cavalcanti, , 2001b Para superar o problema, necessita-se de um trabalho conjunto e integrado de profissionais das mais diversas áreas (saúde, social, jurídica e educacional) (Sei, 2005). O papel da escola, bem como do setor de saúde, indubitavelmente, é superar as práticas isoladas.…”

Section: Introductionunclassified

Conhecimentos e percepção de professores sobre maus-tratos em crianças e adolescentes

et al. 2009

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ResumoA violência praticada contra a criança e o adolescente permeia a nossa sociedade, fazendo-se presente em todas as camadas sociais. Os profissionais da educação desempenham importante papel na identificação e notificações de maus-tratos no ambiente escolar. Este estudo teve como objetivo verificar o conhecimento e a percepção dos professores de escolas públicas municipais de Caruaru (PE) sobre maus-tratos infantis. A amostra foi do tipo não-probabilística, sendo composta de 73 educadores. A técnica de pesquisa utilizada foi a observação direta extensiva e o instrumento consistiu um formulário específico. As variáveis estudadas foram: frequência de maus-tratos, sinais de violência, sexo e idade da vítima, atitude adotada, conhecimento dos professores sobre os órgãos de proteção, recebimento de informações sobre o tema e sua importância. De acordo com os educadores, a frequência de maustratos é baixa (16,4%), e o hematoma (44,8%), seguido das marcas de objetos e mãos (20%) são os sinais mais frequentes. A idade e o sexo mais citados foram, respectivamente, a escolar (64,4%) e o masculino (56,2%). Em 87,3% dos casos, os educadores citaram o Conselho Tutelar como órgão de proteção. Um elevado percentual de professores não tiveram contato com o assunto em pauta durante sua formação (60,3%). A maioria dos educadores demonstraram ter noção do assunto e todos afirmaram ser importante o conhecimento sobre o tema e gostariam de receber capacitação. Palavras-chave: Escola; Maus-tratos infantis; Criança.

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Privação precoce e tardia da figura do pai e tendência antissocial infantil

Santos¹

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Ao Deus, Universo, Luz Criadora, que sempre me proveu o justo e o necessário para que meu caminho fosse trilhado da melhor maneira. The Universe provides. À minha orientadora Valeria Barbieri, pelas incontáveis horas de aprendizado, dedicação, apoio, carinho e amizade fiel. São esses encontros que nos motivam a crescer.Ao professor Manoel Antônio dos Santos, por toda sua presença edificante em minha vida acadêmica.Sua fascinante postura, como educador e supervisor, foi essencial para o meu encantamento pela Psicanálise.À professora Diana Pancini de Sá Antunes Ribeiro, por gentilmente ter aceitado participar da avaliação do meu estudo e, com sua delicadeza e sabedoria ímpares, ter me proporcionado valiosas reflexões. À minha mãe, Helena de Fátima Avelino dos Santos, por todo amor incondicional, incentivo e confiança nas minhas escolhas. Nada disso seria possível sem você.Ao meu pai, Paulo Antônio dos Santos, que, da maneira mais simples e bela, ensinou-me o significado da palavra resiliência. À minha irmã, Mariane Avelino dos Santos, gratidão imensa por todos os conselhos de vida. A cada dia que passa, fico mais impressionado com a mulher forte e madura que você tem se tornado.Aos meus avós, João Vicente Avelino e Franscisca de Lima Avelino, por todas as lembranças de bons momentos, que me fazem ter a certeza de que a vida vale a pena ser vivida. À Paola Akemi Kadoki Leite, por ter me lembrado o que é brincar. Com ela, muitas coisas tornaramse possíveis.Ao nosso grupo de amigos da pós-graduação, carinhosamente chamado de Mecanismos de Defesa, por todas as risadas e apoio ao longo do desenvolvimento da dissertação. À CAPES, pela concessão da bolsa de mestrado, que propiciou inestimáveis oportunidades de aprimoramento profissional.Às famílias participantes desse estudo, por toda confiança em dividirem comigo suas histórias e sentimentos. Desejo-lhes esperança e que bons ventos os conduzam a águas tranquilas.

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Desenvolvimento emocional e os maus-tratos infantis: uma perspectiva winnicottiana

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Patients with psychiatric disorders from a Psychosocial Attention Center

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