Este artigo buscou analisar a produção científica acerca da relevância da Atenção Primária à Saúde (APS) na assistência ao paciente hipertenso. A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) está associada a diversas complicações cardiovasculares, vasculares e renais. Ações propostas na atenção primária, que é a porta de entrada e o centro articulador do Sistema Único de Saúde, são imprescindíveis na promoção da qualidade de vida, uma vez que possuem grande potencial de identificar as demandas de saúde da população, o que garante maior acesso a ferramentas de prevenção de doenças, promoção à saúde, além do tratamento e redução de agravos resultantes dos níveis pressóricos elevados. Contudo, salienta-se que, por ser uma doença multifatorial com determinantes biológicos e socioculturais, a atuação das equipes de saúde é um grande desafio. A educação em saúde se mostrou um dos principais dispositivos para viabilizar a promoção da saúde na atenção básica no Brasil e constitui-se como uma estratégia para mudanças nos hábitos de vida do paciente. Logo, reforça-se a importância da implantação de políticas nacionais de saúde pública, pautadas em abordagens multiprofissionais e interdisciplinares, que favoreçam a prevenção às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e reduza a sobrecarga nos demais níveis de atenção.Palavras-chave: atenção primária à saúde, hipertensão, doenças cardiovasculares, prevenção de doença.