Jano (ou Janus) era uma antiga divindade romana que representava os começos, o início de todas as coisas. Era considerado o porteiro dos céus, comumente representado como um ser bifronte, guardião das portas, protetor das chegadas e das partidas, do devir e do porvir. (HACHETTE, 1996; COMMELIN, 1960). O mês que abre o ano no nosso calendário lhe é dedicado e este, por sua vez, empresta o nome à terra encontrada nos trópicos pelos portugueses, conforme é comumente reputado. O presente trabalho se dedica ao estudo das relações entre as duas faces do estado do Rio de Janeiro, representada pela capital, o antigo estado da Guanabara e o interior, o antigo estado do Rio de Janeiro. Para tal intento recorre-se, como caminho metodológico, à pesquisa bibliográfica, procurando-se analisar-e fazer dialogar-as interpretações sobre essa trajetória de constituição territorial. Mirou-se, nessa revisão bibliográfica, no papel atribuído a cada uma dessas partes a fim de fazer-se revelar as sucessivas aproximações e distanciamentos entre ambas. Nesse sentido, opta-se aqui por desenvolver quatro temáticas congruentes e inter-relacionadas, a saber, o papel de capitalidade da cidade do Rio de Janeiro (Rio) e as consequências para a relação com o Estado Como citar este artigo: