Descolonizar a sexualidade: Teoria Queer of Colour e trânsitos para o Sul

Abstract

Resumo Este texto pretende analisar os desafios do trânsito da teoria queer nos contextos brasileiro e do chamado Sul global. Como pensar essa recepção sem repetir a oposição entre um Norte central e produtor, e um Sul periférico e receptor? Após apresentarmos um estado da arte relativo às produções brasileiras no campo da teoria queer, avançaremos a hipótese de que a Crítica Queer of Colour poderia facilitar esse trânsito. Considerando as questões de gênero e sexualidades enquanto inseparáveis da história pós/neocolonial do Ocidente (racismo, imigração, imperialismo), essa teoria constitui uma voz radical que se opõe ao conformismo de muitos grupos LGBT, na maioria dos países centrais.

LGBTQ+ related curricular activities in Brazilian Dental Schools: Do institutional and/or deans’ profiles matter?

“…It is important to remember that the feminization of Dentistry was directly linked to the trajectory of the feminist movement, which began with the struggle for more egalitarian relationships for women and later served as a motto for the development of other causes, highlighting racism and LGBTQ+ phobia and the hegemony of CIS heteronormative bodies. [33][34][35][36][37][38][39][40][41][42][43][44][45][46]…”

“…Moreover, dental schools coordinated by women (when compared with men) were 2.13 times more likely to develop pedagogical strategies with the aim of caring for the oral health of the LGBTQ+ population. It is important to remember that the feminization of Dentistry was directly linked to the trajectory of the feminist movement, which began with the struggle for more egalitarian relationships for women and later served as a motto for the development of other causes, highlighting racism and LGBTQ+ phobia and the hegemony of CIS heteronormative bodies 33–46 …”

Produção representativa de imagens como ferramenta de luta, inserção e permanência em espaços públicos

“…A teoria Queer afirma-se no começo dos anos 1990 (Teresa de Lauretis, Judith Butler) em oposição a integração das minorias sexuais na sociedade dominante (Rea, Amancio;2018). A identidade através dos estudos Queer passou a ser vista como estratégia, podendo ser historicamente transformada e renegociada.…”

“…"Ela é uma estratégia e não uma essência. Nesse sentido, a identidade queer afirma-se enquanto oposição à norma estabelecida e dominante, seja a norma heterossexual, a norma da branquitude, ou o cânone ocidental e burguês" (Rea, Amancio;2018).…”

“…A crítica Queer of Color surgiu através de autoras/es de regiões do hemisfério Sul, que buscaram desenvolver estudos que dialogassem não só com a desconstrução de Iluminuras, Porto Alegre, v. 22, n. 59-1, p. 74-102, dezembro, 2021 normas sócio-sexuais, mas com questões que atravessam a contemporaneidade como as relações pós/neocoloniais, as tensões étnico-raciais, os novos imperialismos, o terrorismo e os conflitos do mundo neocapitalista (Rea, Amancio;2018), trazendo a interseccionalidade para o universo Queer.…”