Desastres e desempenho econômico: avaliação do impacto do rompimento da barragem de Mariana

Abstract

Em 2015, ocorreu no Brasil o maior desastre de sua história, o rompimento de uma barragem na cidade de Mariana. Ao serem despejados na bacia do Rio Doce, os detritos de minério geraram externalidades negativas que afetaram dois Estados: Minas Gerais e Espírito Santo. O objetivo deste trabalho é avaliar o impacto do desastre no desempenho econômico desses Estados. Para tanto, foram construídos controles sintéticos visando identificar qual seria o comportamento dos Estados diante da inexistência do desastre. Na produção industrial geral, o Espírito Santo mostrou uma redução de 18,22%, ao passo que não houve impacto significativo em Minas Gerais. No que tange à produção extrativa mineral, ambos os Estados apresentaram diminuição significativa neste índice em decorrência do desastre, sendo que Espírito Santo teve uma redução de 25,01%, ao passo que Minas Gerais apresentou uma diminuição de 15,58%.

A Lama de Rejeitos de Mineração e os seus Efeitos sobre a Recarga dos Aquíferos Aluvionares do Rio Gualaxo do Norte após o Rompimento da Barragem de Fundão em Mariana-MG.

“…Em cinco de novembro de dois mil e quinze, no município de Mariana (MG), ocorreu o rompimento da barragem de rejeitos do Fundão, da empresa Samarco Mineração S.A., cujo grande volume de material passou sobre a Barragem de Santarém subsequentemente. Esse rompimento liberou um volume de lama estimado de 62 milhões de metros cúbicos (Brasil, 2015;Castro, 2019).…”